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PF mira quadrilha que traficava cocaína para a Europa pelo Porto de Paranaguá
Foto: PF

PF mira quadrilha que traficava cocaína para a Europa pelo Porto de Paranaguá

Investigados movimentavam grandes quantidades de cocaína de forma oculta em contêineres.

Rafael Nascimento - terça-feira, 10 de dezembro de 2024 - 08:38

A Polícia Federal realiza, nesta terça-feira (10), uma operação contra uma quadrilha especializada do tráfico internacional de cocaína. Remessas de drogas eram enviadas ao exterior principalmente pelo Porto de Paranaguá, no Litoral do Estado, conforme a PF.

A ação conjunta contra o narcotráfico conta com esforços de autoridades italianas e também do Ministério Público Federal, Receita Federal e da Procuradoria-Geral da República.

Dez mandados de prisão preventiva foram cumpridos pelas equipes – nove no país e um na Espanha -, além de 31 mandados de busca e apreensão, em endereços ligados aos investigados, em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Roraima.

A Justiça também determinou o sequestro de imóveis e o bloqueio de bens e valores existentes nas contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados, com valor estimado de R$ 126 milhões.

Porto de Paranaguá era base do envio de cocaína à Europa

De acordo com a PF, os alvos da operação deflagrada hoje integravam uma quadrilha dedicada ao tráfico de grandes quantidades de cocaína da América do Sul para a Europa. O Porto de Paranaguá, era o principal ponto de saída, e o Porto de Valência, na Espanha, o de chegada.

O esquema consistia no transporte da cocaína de forma oculta em contêineres, em cargas como cerâmica, louça sanitária ou madeira. Além do transporte marítimo, a organização também usava aeronaves privadas para enviar cocaína para a Bélgica, onde membros do grupo retiravam a droga antes da fiscalização nos aeroportos.

“Essas redes criminosas eram encarregadas de todo o aparato necessário para enviar cocaína da América do Sul para a Europa, utilizando esse ponto estratégico. Durante a operação, foi identificado que os traficantes que contratavam essa logística eram indivíduos de São Paulo, ligados a uma facção criminosa originária daquele estado, além de membros de uma organização mafiosa italiana que atuava no Brasil, sendo responsáveis pela intermediação da compra e envio da droga para o continente europeu”, explica a PF.

As investigações também descobriram que, além do tráfico de drogas, o grupo estava envolvido em um complexo esquema de lavagem de dinheiro, movimentando bilhões de reais entre empresas e contas bancárias de fachada, além de adquirir bens e realizar transações fraudulentas. Durante o período de investigação, entre 2018 e 2022, a movimentação financeira dos investigados alcançou aproximadamente R$ 2 bilhões.

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