38 mortos: motorista de carreta de acidente na BR-116 fugiu para o Espírito Santo
Ele fugiu do local da colisão antes da chegada da polícia
O motorista da carreta que se envolveu no acidente com um ônibus e um carro na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), no sábado (21) fugiu do local da colisão e deve estar no Espírito Santo, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Até o momento, 38 pessoas morreram.
A PRF confirmou que ele é oficialmente procurado pelas autoridades. A PRF acredita que ele está no Espírito Santo, e que não está ferido. A informação foi divulgada pela Rádio Itatiaia e confirmada pelo UOL.
Acidente pode ter sido causado por bloco de granito que teria caído da carreta sobre o ônibus. “Informações preliminares e vestígios no local demonstram que possivelmente um grande bloco de granito de soltou da carroceria da carreta e atingiu o ônibus que seguia na rodovia, em sentido contrário”, informou a corporação mais cedo, no início da tarde deste sábado
O atrito do material com o asfalto seria a causa do incêndio. A região onde ocorreu o acidente é foco de extração de granito.
Acidente na BR-116 em Minas Gerais
Conforme o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu na BR-116, no km 286, na localidade de Lajinha, por volta das 4h.
O ônibus pertencia à empresa Emtram e saiu de São Paulo com destino a Elísio Medrado (BA), mas havia passageiros com destino a Santa Inês (BA) e Vitória da Conquista (BA). O ônibus transportava 44 passageiros registrados, desses 21 iriam a Vitória da Conquista, 12 para Santa Inês e 11 para Elísio Medrado, a parada final. Todos embarcaram em São Paulo
Os três ocupantes do carro foram socorridos com lesões graves.
A tragédia se tornou a ocorrência com o maior número de vítimas fatais em rodovias federais desde 2007, início da série histórica da PRF (Polícia Rodoviária Federal).
O topo da lista da PRF é composto por acidentes ocorridos durante a madrugada. Em 2011, 33 pessoas morreram numa colisão frontal em Nova Itarana (BA), e outras 13 ficaram feridas. No mesmo ano, em Descanso (SC), 26 pessoas morreram e 23 ficaram feridas.
O quarto acidente mais fatal registrado em rodovias federais ocorreu a noite, às 23h15, em Gavião (BA) em janeiro deste ano. Foram 23 mortos e 9 feridos.
A pista ficou totalmente interditada por cerca de 6 horas, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal. O trecho foi parcialmente liberado no fim da manhã, em esquema de “pare e siga”. Agentes orientam o trânsito no local.
Mortos
Todas as vítimas fatais do acidente na BR-116 estavam no ônibus e morreram queimadas após ficarem presas nas ferragens, 25 ficaram totalmente carbonizadas.
BR-116
A BR-116 foi a estrada federal que mais registrou acidentes fatais neste ano. Foram 664 mortes na rodovia entre janeiro e outubro de 2024.
Minas Gerais foi o estado em que mais ocorreram mortes em estradas federais. De acordo com a CNT, 628 pessoas morreram em BRs em Minas, o que representa 12,5% de todas as mortes em rodovias federais no ano.
Radares
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) retirou radares de velocidade da BR-116 em Minas Gerais, inclusive do local do acidente que matou 38 pessoas em Teófilo Otoni. A informação foi revelada pela Inter TV MG e confirmada pelo UOL.
Radares foram removidos porque o contrato com empresa que fornecia os equipamentos venceu. Em nota, o Dnit não informou quantos aparelhos estavam instalados na estrada, e nem quando eles foram retirados.
O acidente aconteceu perto do quilômetro 285 da BR-116, em Teófilo Otoni. Lá havia um radar que limitava a velocidade da via a 60 km/h, segundo a Inter TV MG, afiliada da Globo das regiões de Montes Claros e Grande Minas.
Novos radares precisam passar por estudos de viabilidade técnica e aferição pelo Inmetro. Segundo o Dnit, os equipamentos já foram contratados e a instalação deve ser concluída até o início de 2025.
Em nota, o Dnit, afirmou que “a rodovia está em boas condições de trafegabilidade” e ressaltou que é dever dos motoristas respeitarem a velocidade máxima estabelecida com ou sem radar. “A autarquia ressalta que a função dos radares é coibir o excesso de velocidade e estabelecer uma espécie de controle. Entretanto, os motoristas precisam respeitar o Código de Trânsito Brasileiro e trafegar na velocidade estabelecida”, diz um trecho do posicionamento enviado ao UOL.
Fique por dentro das notícias do Paraná: Assine, de forma gratuita, o canal de WhatsApp do Paraná Portal. Clique aqui.