Risco de queimadas florestais atinge nível máximo no Paraná
Entre janeiro e agosto deste ano, foram registrados mais de 10 mil focos de incêndio no estado
A associação da falta de chuva com a baixa umidade relativa do ar e temperaturas altas deixa o Paraná em alerta máximo de queimadas florestais durante toda esta semana. O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) aponta que algumas cidades vão registrar quase 40ºC nos próximos dias. O período é crítico e preocupa as autoridades.
Conforme a previsão do Simepar, a média da umidade relativa do ar mínima para a semana pode ser inferior a 20% nas regiões norte, Norte Pioneiro e Noroeste e menor do que 30% nas regiões Central e Sudoeste do estado.
Para tornar a situação ainda mais delicada, a previsão de chuva não é nada animadora. A expectativa é de que em setembro seja registrado um acumulado de 38%, número menor do que a média histórica para o período.
“Os indicadores são os mais altos possíveis. Todo o Estado está em vermelho, com uma condição ainda mais desfavorável para extremo Norte e Noroeste do Paraná”, destaca o meteorologista Reinaldo Kneib, do Simepar.
A condição deve seguir até sexta-feira (13) e ser amenizada por um fim de semana chuvoso em todo o estado. “Será um fim de semana chuvoso, mas de forma irregular. Em algumas cidades há previsão de até 50 milímetros de precipitação acumulada, em outras um pouco menos. De qualquer forma, já ajuda a melhorar a qualidade do ar e diminuir os riscos de incêndios florestais”, completa Kneib.
O tempo seco, no entanto, irá retornar a partir do dia 21 de setembro, quando cidades do Noroeste como Paranavaí, Colorado e Querência do Norte passarão novamente dos 40ºC, a previsão indica até 45ºC em Santa Cruz de Monte Castelo.
Incêndios florestais no Paraná e no Brasil
De acordo com o Corpo de Bombeiros, entre janeiro e agosto deste ano, foram registrados mais de 10 mil focos de incêndio florestais no Paraná. Além das queimadas em seu próprio território, o estado também enfrente os problemas causados pela fumaça das chamas que têm devastado as regiões Amazônica, do Cerrado e do Pantanal no último mês.
A qualidade do ar de várias cidades tem registrado queda em seus indicadores e as paisagens estão sendo alteradas pelo ingresso de fumaça do norte e centro-oeste do Brasil.
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Situação de emergência
Na última quarta-feira (4), o governador Carlos Massa Ratinho Junior decretou situação de emergência em todo o estado por causa da estiagem. Na quinta-feira (5), a Sanepar (Companhia de Abastecimento do Paraná) pediu ajuda da população para evitar a volta do rodízio de água.
A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) também trabalha em uma resolução técnica para mitigar os efeitos da seca no Paraná. “Estamos agindo no momento em que há necessidade de que se tome uma ação efetiva, porque o momento é crítico”, ressalta o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza.
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