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Cidade esponja: parques de Curitiba ajudam para que impacto das chuvas não seja ainda pior
Parque Barigui foi um dos primeiros a ser idealizado para esta função (Foto: Daniel Castellano / SMCS)

Cidade esponja: parques de Curitiba ajudam para que impacto das chuvas não seja ainda pior

Entenda a função das áreas alagáveis, projetadas para melhorar a retenção de água nas cidades

Brenda Iung - segunda-feira, 9 de dezembro de 2024 - 17:25

Há três dias, Curitiba sofre com uma chuva incessante. Entre sexta-feira (6) e esta segunda-feira (9), mais de 160 milímetros de precipitação caíram sob a capital paranaense — acima do volume total aguardado para todo o mês de dezembro (130 mm), conforme dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). O acumulado da chuva na cidade causou alagamentos em 23 bairros e quedas de árvore, afirmou a Defesa Civil. Ainda assim, as áreas alagáveis presentes nos parques de Curitiba evitaram que o impacto fosse ainda pior.

Parque São Lourenço também conta com áreas alagáveis (Foto: Daniel Castellano / SMCS)

O que são áreas alagáveis?

Se você é curitibano, certamente já ouviu a famosa frase “sabia que o Parque Barigui foi feito para alagar?”. E não deixa de ser uma verdade. De acordo com a Prefeitura de Curitiba, a função de retenção de águas dessa região foi pensada na década de 1970. E, desde então, evita que as áreas residenciais ao redor do parque alaguem.

Além do Parque Barigui, outros parques da capital também ajudam a reforçar o conceito de “cidade esponja”, com base no planejamento de áreas alagáveis. A Prefeitura destaca que os lagos dos parques São Lourenço, Bacacheri, Tingui e Atuba também cumprem essa função.

Cheia no Parque Barigui (Foto: Daniel Castellano / SMCS)

“Todos os parques da cidade foram implantados em áreas estratégicas para evitar enchentes em espaços residenciais”, explica a Prefeitura.

Sendo assim, quando fortes chuvas chegam à cidade — como nos últimos dias — os parques fazem a função de absorver boa parte da água e evitar que enchentes se espalhem pela capital.

Curitiba terá reserva hídrica

A Prefeitura se prepara para a criação de mais um espaço de retenção das águas de chuva: a Reserva Hídrica do Futuro, localizada no bairro Umbará. O espaço adicionará mais um parque na paisagem da capital paranaense.

Com uma extensão de 26 km, a Reserva Hídrica do Futuro favorecerá a formação de lagos que ajudarão no abastecimento da população curitibana durante as estiagens. A primeira etapa do projeto será inaugurada ainda neste mês.

Como se proteger em caso de chuvas intensas

O Inmet indica os cuidados essenciais para evitar que as chuvas intensas causem risco à vida. Veja abaixo.

Em caso de rajadas de vento:

  • não se abrigar debaixo de árvores, há risco de quedas e de descargas elétricas
  • não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propagandas

No início das chuvas

  • desligar aparelhos elétricos e quadro geral de energia

Se for necessário

  • acione a Defesa Civil (telefone: 199) ou Corpo de Bombeiros (telefone: 193)

*Com informações de Defesa Civil e de Prefeitura de Curitiba.

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