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Brasil: 160 mil pessoas vivem em asilos e 14 mil em orfanatos
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Brasil: 160 mil pessoas vivem em asilos e 14 mil em orfanatos

O Sul responde por 24,8% das pessoas em asilos e tem 16,4% dos idosos do país

paranaportal - sexta-feira, 6 de setembro de 2024 - 15:00

160.784 pessoas estavam, vivendo em asilos ou instituições de longa permanência para idosos, em 2022. O número representa 0,5% da população com mais de 60 anos no país (32,1 milhões). Os dados são do último Censo, divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento mostra que o Sudoeste é onde estão a maior parte das pessoas vivendo em asilos (57,5%), região concentra 46,6% da população idosa nacional. O Sul responde por 24,8% das pessoas em asilos e tem 16,4% dos idosos do país.

As mulheres são a maior parte dos moradores de asilos, respondendo por 59,8% do total. De acordo com o pesquisador Bruno Perez, do IBGE, a situação tem relação com a expectativa de vida dos homens, que é mais baixa. 

“Isso está relacionado ao fato de que as mulheres são maioria na população com um todo e são maioria, de forma mais expressiva, quando a gente olha para a população idosa. No Brasil, a expectativa de vida dos homens é significativamente menor do que a das mulheres”, avalia Perez.

A pesquisa ainda constatou que:

  • 14.374 pessoas viviam em orfanatos e instituições similares em 2022, ou seja, 0,03% da população brasileira com até 19 anos (54,5 milhões).
  • 24.287 viviam em clínicas psiquiátricas ou comunidades terapêuticas. Sendo uma população majoritariamente masculina e com idades entre 30 e 59 anos.
  • 479.191 viviam em penitenciárias, centros de detenção e estabelecimentos similares. Só foram considerados detentos que já estavam há mais de um ano na cadeia ou que tinham condenação superior a 12 meses.

Isso representa 0,24% do total da população brasileira calculada pelo Censo 2022 (203,1 milhões). De acordo com o levantamento, 96% da população carcerária era formada por homens. A maioria dessas pessoas (75,4%) tinha entre 20 e 29 anos (40,7%) e entre 30 e 39 anos (34,7%).

Em relação à população total do país, a faixa etária de 20 a 39 anos representa apenas 15,1% de todos que vivem em penitenciárias, sendo que as faixas de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos têm, mais ou menos, o mesmo número de pessoas.

Das 479 mil pessoas que viviam encarceradas, 52% estavam na Região Sudeste, 16,5% no Nordeste, 14,7% no Sul, 10% no Centro-Oeste e 6,8% no Norte do país.

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Tanto o Sudeste quanto o Centro-Oeste tinham parcelas das populações carcerárias que superavam suas proporções no total da população brasileira, já que o Sudeste concentra 41,8% dos habitantes do país e o Centro-Oeste, 8%.

Adolescentes internados

O IBGE também constatou que havia 7.514 pessoas vivendo em unidades de internação de menores, ou seja, unidades socioeducativas voltadas para adolescentes em conflito com a lei. Desse total, 96,2% eram homens.

Outros dados divulgados pela pesquisa, nesta sexta-feira, foram os totais de moradores de hotéis ou pensões (46.269), de alojamentos (30.090), de abrigos, casas de passagem ou república assistencial para outros grupos vulneráveis (24.110) e de abrigos, albergues ou casas de passagem para população em situação de rua (11.295).

*Com Agência Brasil

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