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Polícia trabalha com três linhas de investigação sobre acidente que matou equipe de remo
Foto: PRF

Polícia trabalha com três linhas de investigação sobre acidente que matou equipe de remo

A van que transportava os atletas foi esmagada por um caminhão na BR-376, em Guaratuba

Caroline Signori Berticelli - segunda-feira, 28 de outubro de 2024 - 16:00

A Polícia Civil trabalha com três linhas principais de investigação sobre o que pode ter provocado o acidente que terminou com a equipe de remo de Pelotas morta na BR-376, em Guaratuba, no litoral do Paraná. O veículo que transportava os atletas foi esmagado por um carreta contêiner, na descida da Serra do Mar, no dia 20 de outubro.

“O inquérito policial, neste momento, caminha em três linhas: a primeira linha diz respeito a uma falha humana na direção do veículo automotor, ou seja, uma imperícia por parte do motorista não tendo habilidade suficiente para conduzir o veículo; a segunda possibilidade é uma falha mecânica, decorrente da quantidade de problemas que ocorreram durante o trajeto e a terceira possibilidade é junção dos dois fatores, a falha humana aliada ao problema mecânico”, explica o delegado Edgar Santana, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran).

Ainda conforme o delegado, a equipe da investigação aguarda o laudo pericial realizado na carreta para que o inquérito sobre o acidente na BR-376 possa ser finalizado, já que apenas o documento poderá confirmar se houve falha ou não no sistema de freios do veículo de carga, como alega o motorista. 

Enquanto isso, a polícia conseguiu comprovar que o carreta parou para realizar consertos por, pelo menos, três vezes durante a viagem, conforme foi relatado pelo condutor em depoimento prestado no dia 22 de outubro.   

A princípio, o motorista deverá ser indiciado por homicídio culposo na direção de veículo automotor, mas a tipificação pode ser alterada até o final da investigação. Segundo Santana, existe a possibilidade do proprietário também ser responsabilizado criminalmente, caso a perícia aponte que a carreta não estava com as manutenções preventivas em dia. 

O inquérito tem o prazo de 30 dias para ser concluído, mas pode ser prorrogado caso haja necessidade.

Acidente com equipe de remo na BR-376

O acidente que matou a equipe de remo na BR-376 ocorreu na noite do dia 20 de outubro. Na ocasião, os atletas retornava do Campeonato Brasileiro de Remo Unificado, ocorrido naquele final de semana em São Paulo, com duas medalhas de ouro, quando a van em que estava foi esmagada por uma carreta contêiner em um trecho sinuoso da serra.

Das dez pessoas que estava no veículo de transporte de passageiros, apenas uma sobreviveu. As vítimas fatais do acidente na BR-376 com a equipe de remo gaúcha são:

  • Samuel Benites Lopes, de 15 anos (atleta)
  • Henry Fontoura Guimarães, de 17 anos (atleta)
  • João Pedro Kerchiner, de 17 anos (atleta)
  • Helen Belony, de 20 anos (atleta)
  • Nicole da Cruz, de 15 anos (atleta)
  • Angel Souto Vidal, de 16 anos (atleta)
  • Vitor Fernandes Camargo, de 17 anos (atleta)
  • Oguener Tissot, 43 anos (treinador)
  • Ricardo Leal da Cunha, 52 anos (motorista da van)

O adolescente João Pedro Milgarejo, de 17 anos, dormia no fundo da van quando o acidente ocorreu. Ele foi socorrido com ferimentos leves e encaminhado para um hospital de Joinville, Santa Catarina. 

O motorista da carreta, um homem de 30 anos, estava sozinho e foi levado para o mesmo hospital com ferimentos leves. Ele recebeu alta hospitalar na segunda-feira (21).

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