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Reduzir jornada sem avançar em produtividade é um risco, afirma a Fiep

Reduzir jornada sem avançar em produtividade é um risco, afirma a Fiep

Para Edson Vasconcelos, “diminuir a carga horária, mantendo salários e o mesmo nível de produtividade, vai resultar em aumentos de custos às empresas”.

Pedro Ribeiro - terça-feira, 12 de novembro de 2024 - 13:16

Para o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Vasconcelos, a imposição de uma redução da jornada de trabalho sem o avanço em propostas que possibilitem o aumento da produtividade apresenta riscos para o país. Ele considera inadequada qualquer tentativa de se alterar, por meio de Proposta de Emenda à Constituição, a jornada de trabalho no país.

Na sua avaliação, esse debate deve ser mais amplo, levando em conta aspectos fundamentais como a produtividade da economia brasileira e a realidade atual do mercado de trabalho.

O líder empresarial explica que “diminuir a carga horária, mantendo salários e o mesmo nível de produtividade, vai resultar em aumentos de custos consideráveis para as empresas, com repasses aos preços finais de produtos e serviços, gerando inflação e derretendo ainda mais o poder de compra do próprio salário do trabalhador”.

Vasconcelos lembra que  “temos, no país, um custo altíssimo para a contratação de trabalhadores, com impostos elevados pesando sobre as folhas de pagamento, o que causa inúmeras dificuldades para as empresas e deve entrar nessa equação”.

O presidente da Fiep considera essencial, ainda, que se leve em consideração as dificuldades que as empresas já encontram atualmente para preencher todas as vagas de trabalho que são abertas. Um fator a ser debatido nesse ponto, em sua opinião, é o alto índice de pessoas inseridas em programas de assistencialismo no país. Hoje, cerca de 22% dos 137 milhões de pessoas que integram a população economicamente ativa brasileira são beneficiários de algum programa social. “O Brasil está indo por um caminho perigoso de assistencialismo, pressão salarial e inflação por falta de produtividade. Tudo isso precisa ser inserido em debates sobre as relações trabalhistas”, diz.

Por fim, a Federação argumenta que a Reforma Trabalhista, aprovada em 2017, já permite negociações entre empregadores e empregados para definir contratos de trabalho, jornadas e salários. “Isso possibilita que seja buscado, dentro da realidade de cada empresa e de cada setor, um caminho de equilíbrio nas relações de trabalho”, afirma Vasconcelos. (Com Agência Fiep).

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