
Ratinho Junior entre a Presidência e a Governabilidade
Ratinho Junior não pode perder o foco do Paraná ao se dedicar ao projeto nacional. Arrisca não fazer seu sucessor no Estado. Sergio Moro é forte candidato.
O governador Ratinho Junior (PSD) enfrentará, na próxima semana, um teste crucial que pode definir seu futuro político. Ele terá que realizar uma reforma no secretariado para atender aliados estratégicos enquanto negocia, em nível nacional, sua candidatura à Presidência da República.
No Paraná, a dança das cadeiras pode criar atritos com um dos seus principais aliados: Rafael Greca. A Secretaria das Cidades, prometida ao ex-prefeito de Curitiba durante a campanha, pode acabar nas mãos de Guto Silva, conforme se especula no Palácio Iguaçu. A decisão tem peso, já que tanto Greca quanto Guto são nomes fortes na disputa pelo governo estadual em 2026.
Mas o dilema de Ratinho Junior não para por aí. Seu projeto nacional pode comprometer seu legado no Paraná. Se focar na corrida presidencial e negligenciar a sucessão estadual, pode abrir caminho para Sergio Moro, especialmente se não apoiar um candidato competitivo como Alexandre Curi, presidente da Assembleia Legislativa.
Outro fator que pode embaralhar o tabuleiro político é o ex-presidente Jair Bolsonaro. Caso siga inelegível, pode lançar seu filho, Flávio Bolsonaro, como alternativa ao Planalto. Nesse cenário, surge a grande questão: Ratinho Junior teria coragem de romper com o bolsonarismo, do qual sempre fez parte, e encarar essa disputa de frente?
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