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Ortigara, do cabo da enxada à Secretaria da Fazenda e quem sabe o Palácio Iguaçu
Foto: Sefa Paraná e AEN

Ortigara, do cabo da enxada à Secretaria da Fazenda e quem sabe o Palácio Iguaçu

“Governar o Paraná não se trata de vaidade ou poder, mas contribuir com um Estado mais forte e justo para todos”, afirma o secretário da Fazenda.

Pedro Ribeiro - quinta-feira, 13 de março de 2025 - 10:00

Norberto Ortigara, perto de completar 70 anos, mostra, através de sua história, de que determinação, trabalho duro e compromisso com a coletividade podem transformar vidas e inspirar gerações.
Do cabo da enxada, na longínqua Frederico Westphalen (RS), onde nasceu, às secretarias da Agricultura e da Fazenda do governo paranaense, uma travessia espinhosa, porém, compensatória, que pode chegar ao mais cobiçado cargo: governador do Estado.

“Quem me conhece sabe que não tenho vaidades e muito menos medo de encarar desafios. Não faço movimento ou mobilizações, mas sou lembrado por muita gente desse nosso grande Paranazão. Como se diz no interior, “se o cavalo passar encilhado, eu monto. Por que não?”, afirma.

Foto: Sefa Paraná e AEN

“Acordo cedo, embora prestes a fazer 70 anos (junho), tenho pique de piá e começo a trabalhar às 6h45, almoço em 15 minutos e trabalho o dia todo. Conheço o Estado de “cabo a rabo” e não pretendo parar. Me chamam de ‘Google’ junto aos parceiros do governo, porque procuro me inteirar de tudo e me associo à proposta da melhor opção a ser decidida pelo governador Ratinho Junior”.

Este filho do campo, que se recusa a usar terno e gravata no dia a dia e que não gosta de jogar dinheiro no lixo, seja próprio ou dos cofres do Estado, conhece na palma da mão a realidade do agricultor, não apenas por ouvir falar, mas porque ele mesmo pegou no cabo da enxada, sentiu a terra nas mãos e viveu os desafios da agricultura familiar. “Acordava de madrugada e seguia pelas picadas e estradas mal-acabadas para trabalhar na lavoura. Não tínhamos dinheiro em casa, mas comida não faltava na mesa. Comprávamos apenas sal e tecido para roupas. O resto vinha tudo da roça”, recorda.

Com essa experiência de vida dura no campo, Ortigara construiu uma trajetória marcada por dedicação ao desenvolvimento rural e econômico do Paraná. Dos 47 anos de trabalho junto ao homem do campo, o “Agricolino” – formação em colégio agricultura, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul – e economia na Universidade Federal do Paraná, grande parte foi em Paranavaí, na região Noroeste, onde lembra que percorria 4 mil quilômetros por mês orientando, auxiliando e planejando os pequenos e médios agricultores de uma região com 28 municípios.

Foto: Sefa Paraná e AEN

“Conheço, na palma da mão, os 399 municípios e centenas de distritos do Estado e posso afirmar que conheço a realidade de cada um desses municípios e cidades”, garante o secretário da Fazenda, que confessa ter saudades da Secretaria da Agricultura. “Mas estou muito bem e satisfeito aqui na Fazenda, contribuindo para o nosso governo”.

À frente da Secretaria da Fazenda, Norberto Ortigara tem mostrado que é possível unir conhecimento técnico e responsabilidade fiscal para promover o crescimento do Estado.

“Nosso orçamento para este ano é de R$ 78,7 bilhões (principal fonte são ICMS e ISS) e nossos investimentos ultrapassam os R$ 6,3 bilhões, com possibilidades de chegarem a R$ 12 bilhões. Temos estoque de dinheiro e, hoje, nossa dívida é negativa, em torno de R$ 29 bilhões, a qual poderia, agora, pagá-la à vista e ainda sobraria dinheiro em caixa”, pontua Ortigara, acrescentando que este estoque passa de R$ 32 bilhões, sendo R$ 14 bilhões livre do Tesouro do Estado. Parte provém dos R$ 3 bilhões da venda de ações da Copel.

Os investimentos estão mais voltados à infraestrutura, principalmente na construção de estradas rurais nos interiores dos municípios para que a produção do campo chega com mais rapidez e segurança para o transporte ás grandes cidades e ao Porto de Paranaguá para exportações. Nesta quarta-feira (13), o governador Ratinho Junior anunciará recursos de R$ 1 bilhão para a área da saúde a serem distribuídos nos 399 municípios. “Desse valor, R$ 480 milhões são adicionais da Secretaria da Fazenda”.

Ortigara explica, também, como são divididos os recursos da receita tributária: 18,7% vão para os poderes judiciário (Tribunal de Justiça), legislativo (Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas) e Ministério Público. 30% são canalizados, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, para a Educação (ultrapassamos esta meta em 2.2%, afirma). Outros 12% vão para a Saúde (também com meta ultrapassada em 0,5%) e 40,6% são destinados para o pagamento de pessoal e encargos, o que chega a R$ 19 bilhões, sendo mais R$ 15 bilhões para os inativos.

Para o Secretário da Fazenda, o agronegócio continua sendo o carro-chefe do Estado. Trata-se de uma uma estrutura com bom desempenho e com taxa de produtividade que cresce a cada ano, gerando oportunidades de renda e emprego. “Precisamos aproveitar a oportunidade para contribuir com alimentos para o mundo através de valores agregados”, recomenda.

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