Obra que reduz risco de enchentes em Francisco Beltrão é inaugurada
Projeto, de R$ 58 milhões, conta com um túnel de 1,2 km para escocar o fluxo da água na região
O Governo do Paraná inaugurou, nesta sexta-feira (13), a esperada obra para contenção das cheias nos rios da região de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná. O projeto, idealizado pelo Instituto Água e Terra (IAT), custou R$ 58 milhões e deve acabar com um problema antigo para os moradores do município: as enchentes.
A obra conta com um túnel de 1,2 quilômetro de extensão para escoar o fluxo de água do Córrego Urutago até o Rio Marrecas, em dias de chuvas fortes. Com a inauguração da obra, a água vai escoar por meio de um canal, que fará a ligação até comporta na entrada do túnel — na saída há um sensor que abre automaticamente e encaminha a água para o leito normal, no Rio Marrecas. O novo sistema tem capacidade de vazão máxima de 310 metros cúbicos por segundo.
E o projeto já foi colocado à prova, com as fortes chuvas da última semana. De acordo com o Governo Estadual, o volume ultrapassou 220 milímetros. “sta obra no Rio Marrecas é magnífica e resolve um grande problema para a cidade. Nós tivemos semana passada mais de 220 milímetros de chuva em 30 horas. Se não houvesse esta obra, possivelmente teria 300, 400 famílias desabrigadas, com as casas alagadas”, afirmou o governador Ratinho Junior (PSD), que participou da inauguração.
O prefeito de Francisco Beltrão, Cléber Fontana, explica que essa é a terceira obra brasileira que contou com a escavação de um túnel em área urbana. E a primeira realizada em um município do interior. “Foi uma obra completa, para resolver o grande problema que tínhamos com as enchentes”, afirmou.
Em 2022, uma enchente atingiu a cidade e fez com que 300 famílias perdessem tudo, contou o prefeito. Já na última semana, com um volume de chuvas semelhante ao registrado no ano citado, o número de famílias afetadas pela enchente foi de 10.
As enchentes preocupam os moradores de Francisco Beltrão desde 1954, quando as águas dos rios Marrecas e Lonqueador transbordaram e causaram prejuízos materiais. Em 1983, 4,5 mil pessoas ficaram desabrigadas. A segunda maior enchente do município foi registrada em 1998, com 700 famílias afetadas.
*Com informações de Agência Estadual de Notícias.
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