
MC Oruam é alvo de moção de protesto na Câmara de Curitiba
O famoso virou motivo de votação na capital do Paraná devido a ofensas proferidas contra uma vereadora de São Paulo
Após a recente polêmica envolvendo a cantora Anitta e um vereador de Curitiba, a Câmara Municipal da capital aprovou uma moção de protesto às declarações do influenciador e artista MC Oruam contra a vereadora Amanda Vetorazzo (União), da cidade de São Paulo. A votação ocorreu na sessão desta quarta-feira (19).
Aprovada em plenário de forma unânime, a proposição cita que o artista incentivou sua base de seguidores a ameaçar a parlamentar da capital paulista de “morte nas redes sociais, configurando prática evidente de violência política de gênero”.
Além de incentivar a violência política contra a mulher, a moção de protesto justifica que declarações do influenciador em relação à vereadora de São Paulo incorreram nas práticas de discriminação e de apologia ao estupro.
Entenda a polêmica envolvendo o MC Oruam
A polêmica surgiu no fim de janeiro, quando Vetorazzo apresentou um projeto de lei com a intenção de proibir o município de São Paulo de contratar shows, artistas ou eventos abertos ao público infanto-juvenil que envolvam apologia ao crime organizado e às drogas.
Na ocasião, a vereadora divulgou o PL em suas redes sociais usando o rapper Oruam como exemplo e lembrou que é filho do traficante Marcinho VP, um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho, e sobrinho de Elias Maluco, assassino confesso do jornalista Tim Lopes.
O MC não gostou de ser citado e respondeu a parlamentar de São Paulo em diversos vídeos postados no Instagram. Neles, ele disparou ofensas contra Vetorazzo, entre elas, “doente mental” e “idiota”, defendeu que suas musicas refletem a sua realidade e ainda compartilhou um vídeo em que um outro rapaz falava para “alguém comer ela”, se referindo a vereadora.
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Por fim, a proposta acabou apelidada de “Lei anti-Oruam” e incentivou o vereador João Bettega (União) a apresentar um projeto de lei com o mesmo conteúdo em Curitiba. A moção de protesto também partiu de Bettega.
Como as moções são votadas na Câmara de Curitiba?
As moções são votadas no expediente chamado de segunda parte da ordem do dia, ou seja, depois da análise dos projetos de lei. A moção é inserida nas atas da Câmara de Curitiba. Cabe ao autor delimitar, na própria proposição, se a pessoa ou instituição sobre as quais a demonstração de solidariedade ou de protesto se refere serão oficializadas sobre o requerimento aprovado em plenário.
Hoje, cada vereador pode propor até cinco moções por mês. Elas têm duas modalidades. A de apoio ou desagravo é usada para demonstrar solidariedade em relação a um tema, uma instituição ou uma pessoa. Com a moção de protesto, os vereadores podem marcar a contrariedade do Legislativo a respeito de algo ou alguém. A moção de repúdio deixou de existir na Câmara de Curitiba em 2020, quando houve uma reforma do Regimento Interno (RI).
Com Câmara Municipal de Curitiba
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