Deputada encaminha denúncia sobre a Copel para ANEEL: “qualidade caiu consideravelmente”
Luciana Rafagnin (PT) reforça o mau desempenho da empresa após a privatização
A deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) encaminhou à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) um ofício solicitando a fiscalização rigorosa sobre os serviços prestados pela Copel, para garantir melhorias no fornecimento de energia elétrica no Paraná. A companhia foi privatizada em 2023.
“Desde a privatização da Copel, a qualidade do serviço caiu consideravelmente. Nos últimos anos, os paranaenses têm enfrentado interrupções constantes no fornecimento de energia, seguidas de longos períodos de demora para o restabelecimento do serviço”, afirmou a deputada, que já havia protocolado um pedido de atenção da ANEEL à Copel, em abril deste ano.
Entre 2013 e 2023, a Copel caiu da 15ª para a 25ª posição no ranking das 29 distribuidoras avaliadas — uma das cinco piores posições no relatório anual de Desempenho Global de Continuidade (DGC) emitido pela ANEEL.
A Copel foi também alvo de uma ação pública movida pelo Ministério Público do Paraná. Na ocasião, o MPPR descreveu que o município de Curiúva, no interior do estado, sofreu frequentes interrupções de energia. No processo, o Ministério Público pede para que a companhia forneça energia de maneira eficiente, regular e contínua, sob pena de multa diária de R$ 10.000,00, além de indenização de R$ 1.000.000,00 pelos prejuízos causados aos consumidores.
A deputada relembra, ainda, os relatos de perdas no setor agrícola devido às falhas no fornecimento de energia no estado. E que a distribuidora não ofereceu um ressarcimento adequado, afirma. Nas regiões oeste e sudeste, por exemplo, o período de chuvas em outubro deixou mais de 32 mil domicílios em energia elétrica. Em dezembro, 19 mil casas ficaram sem luz.
“Embora os fatores climáticos possam impactar o fornecimento de energia elétrica, é evidente que a Copel não tem conseguido diminuir esses impactos, o que prejudica significativamente os consumidores paranaenses”, explica a parlamentar.
Conforme relato da deputada, a Copel justifica que os problemas no fornecimento de energia foram causados pelas condições climáticas. No entanto, os dados do DGC revelam que haver uma falha estrutural na prestação do serviço.
O Paraná Portal procurou a Copel para esclarecimentos sobre o tema e atualizará o espaço assim que obtiver retorno.
*Com informações de Assembleia Legislativa do Paraná.
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