Cristina Graeml para o Senado: entenda possível intenção de Jair Bolsonaro
Nos bastidores, o ex-presidente já demonstra plano para os candidatos derrotados nas Eleições 2024
O segundo turno das Eleições 2024 mal acabou, mas, nos bastidores da política, o pleito de 2026 já é assunto consolidado. Embora inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já demonstra as intenções para o futuro do país nas próximas eleições. Uma delas é um plano para os candidatos apoiados por ele, e derrotados nas etapas municipais — incluindo a candidata derrotada Cristina Graeml (PMB). As informações são do blog Conversa de Bastidor, de Bela Megale para O Globo.
O principal objetivo de Bolsonaro para 2026 é eleger a maior bancada possível de seus apoiados para o Senado Federal, descreve a colunista. Isso porque, com pelo menos 54 senadores ao seu lado, Bolsonaro alcançaria dois terços dos 81 parlamentares, e, consequentemente, poderia levar à frente um eventual pedido de impeachment de um dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Principalmente, de Alexandre de Moraes, que, conforme explica Bela, conduz os casos que podem fazer com que Bolsonaro não só se mantenha inelegível, como, também, seja preso.
Entre os principais nomes para o Senado, está o de Cristina Graeml. Candidata à Prefeitura de Curitiba e derrotada por Eduardo Pimentel (PSD). No pleito, Cristina recebeu 42,36% dos votos e ficou abaixo do número total de abstenções (432 mil contra os 390 mil votos recebidos por ela). Mas, de certa forma, foi a candidata com a mudança mais expressiva em relação ao comportamento do eleitor e Bolsonaro deseja que ela aproveite o capital eleitoral conquistado para concorrer às cadeiras federais.
Estão, ainda, na lista de possíveis candidatos de Bolsonaro para o Senado, o candidato derrotado de Manaus (AM), Capitão Alberto Neto (PL) e o já Senador, pelo Amapá, Davi Alcolumbre (União). Para ele, o plano de Bolsonaro é transformá-lo em presidente do Senado.
Com Alcolumbre, Bolsonaro negocia também a possibilidade de anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023. Em entrevista coletiva nesta tarde (29), Bolsonaro caracterizou como uma questão humanitária e, mais uma vez, afastou a intenção de golpe pelos invasores. Ele também quer a própria anistia, para poder concorrer à Presidência em 2026.
Hoje, o Partido Liberal tem a maior bancada na Câmara de Deputados, com 92 das 513 cadeiras. No Senado, são 14 das 81 vagas.
*Com informações do blog Conversa de Bastidor, de Bela Megale para O Globo.
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