Agronegócio
Plano Safra: governo garante continuidade do programa, com R$ 4,1 bi em crédito extra
Foto: Jaelson Lucas/ANPr

Plano Safra: governo garante continuidade do programa, com R$ 4,1 bi em crédito extra

As linhas de crédito do Plano Safra haviam sido suspensas na última quinta-feira (20), diante do atraso na aprovação do Orçamento de 2025 no Congresso Federal.

paranaportal - terça-feira, 25 de fevereiro de 2025 - 07:21

O Governo Federal publicou na noite desta segunda-feira (24) uma medida provisória que que libera R$ 4,18 bilhões em crédito extraordinário para o Plano Safra deste ano. Os recursos garantem a continuidade do programa.

As linhas de crédito do Plano Safra haviam sido suspensas na última quinta-feira (20), diante do atraso na aprovação do Orçamento de 2025 no Congresso Federal.

O texto que libera o crédito suplementar ao Plano Safra foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicado no Diário Oficial da União.

O projeto de lei do Orçamento de 2025 deveria ter sido aprovado em dezembro, mas só será analisado em março, após o Carnaval e a montagem da Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Embora a MP não entre em detalhes sobre o tema, o crédito extraordinário ficará dentro dos limites do arcabouço fiscal, que limita o crescimento real (acima da inflação) dos gastos a 70% do crescimento real das receitas no ano anterior.

Na última sexta-feira (21), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia anunciado que os créditos seriam submetidos às limitações do marco fiscal.

Pela Constituição, créditos extraordinários, normalmente destinados a despesas imprevistas, urgentes ou emergenciais, não são submetidos ao teto de gastos do arcabouço fiscal.

“Apesar de ser um crédito extraordinário, o governo está anunciando que ele estará dentro dos limites do arcabouço fiscal. Portanto, é como se tivesse sido aprovado dentro do Orçamento com os limites do arcabouço fiscal. Lamentavelmente o Congresso ainda não apreciou o Orçamento”, destaca Haddad.

Solução para continuidade do Plano Safra

A solução da MP foi costurada após Haddad consultar o Tribunal de Contas da União (TCU) para encontrar uma solução legal que permitisse a continuidade do Plano Safra.

Com R$ 400 bilhões em crédito para médios e grandes produtores, o Plano Safra tem juros mais baixos que os de mercado.

Para evitar prejuízo para as instituições financeiras, o Tesouro Nacional cobre a diferença nos juros, num processo chamado de equalização.

Por causa do aumento da Taxa Selic (juros básicos da economia) nos últimos meses, o Tesouro tem de gastar mais recursos para equalizar os juros. A Selic passou de 10,5% ao ano em setembro para 13,25% em janeiro.

*com informações da Agência Brasil.

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