Empresa paranaense usa filme hidrossolúvel para substituir plásticos à coleta de dejetos animais
Foram desenvolvidos saquinhos de plásticos usados para coletas de cocô de cachorros que se dissolvem em segundos utilizando apenas água quente.
São muitos os impactos negativos que as atividades humanas causam ao meio ambiente e, muitas delas, por falta de conhecimento e auxílio de tecnologias de ponta para evitar tais desastres que fatalmente afetarão nosso planeta para as futuras gerações. A poluição por plásticos é uma dessas práticas nocivas que ameaça a vida marinha e a saúde humana.
Em Curitiba, uma empresa especializada na dissolução de produtos hidrossolúveis buscou tecnologias na Ásia para eliminar sacos plásticos em poucos segundos, transformando-os em água reutilizável. “Nós conseguimos eliminar a matéria nociva ao meio ambiente e podemos reduzir o uso de plásticos no Brasil, substituindo-os por matéria-prima hidrossolúvel”, afirma Reinaldo Santos, diretor da Superação Distribuidora de Produtos Hidrossolúveis.
Em apenas 17 segundos, Reinaldo Santos mostrou a experiência com saquinhos de coletas de cocô de cachorros, dissolvendo-os em água fria e quente. Quanto à água fria, existe um produto próprio que não dissolve, por exemplo, sacolas de papel e papelão que podem ser reutilizáveis, explica o diretor da empresa localiza em Curitiba, no Paraná.
Jacson Carvalho Leite, consultor da Superação, afirma que essa tecnologia não consome nada do meio ambiente para sua produção que é à base de álcool polivinículo (polímero sintético hidrossolúvel). Os produtos têm, como matéria-prima, filme hidrossolúvel e Tecido Não Tecido (TNT).
Plásticos nos Oceanos, problema mundial
Segundo Jacson Leite, o descarte de plásticos é um problema que cresce dia a dia no planeta e está poluindo os oceanos e rios no entorno do mundo. Milhões de toneladas de plástico são jogados anualmente no ambiente marinho, causando sérios danos à vida marinha e à saúde humana. Reginaldo Santos explica que enquanto um saco plástico pode levar décadas para se dissolver, “nossos produtos, em torno de 10, são eliminados em questões de segundos e minutos”.
Dados fornecidos por órgãos internacionais de proteção e conservação do meio ambiente revelam uma estimativa de que mais de 8 milhões de toneladas de plástico sejam despejadas nos oceanos anualmente, contaminando desde as praias até as profundezas marinhas. Esse material não se decompõe facilmente e pode levar séculos para se desintegrar completamente, quebrando-se em pedaços menores conhecidos como microplásticos. Esses microplásticos são ingeridos por organismos marinhos, como peixes, tartarugas e aves, causando danos físicos e químicos a essas espécies.
A presença de plásticos na cadeia alimentar marinha é um alerta preocupante para a saúde humana. Estudos indicam que partículas de microplásticos estão presentes em peixes e frutos do mar consumidos por pessoas, introduzindo substâncias tóxicas, como metais pesados e produtos químicos, no organismo humano. Esse ciclo de contaminação levanta preocupações sobre possíveis efeitos na saúde, incluindo impactos no sistema endócrino e aumento do risco de doenças.
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Além dos impactos ambientais, a poluição por plásticos também tem um custo econômico significativo. Comunidades costeiras, indústrias de pesca e turismo enfrentam perdas financeiras devido à degradação de ecossistemas marinhos e à necessidade de limpeza constante das praias.
Reduzir o uso de plásticos e garantir o descarte adequado são atitudes fundamentais para proteger nossos oceanos e, por extensão, a saúde do planeta e de todos os seres vivos.
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