Mercado de trabalho: como lidar com a diferença entre as 5 gerações
Especialista explica sobre as principais características das gerações boomers, X, Y, Z e Alfa e dá dicas de como criar um ambiente de trabalho harmonioso
O relatório “Tendências de Gestão de Pessoas”, do Ecossistema Great People & GPTW, mostra que 51,6% do mercado de trabalho afirma ter dificuldade para lidar com as diferentes gerações e suas expectativas no mundo corporativo. Contudo, a média é claramente puxada por uma geração específica: a Geração Z. Nascidos entre 1996 e 2010, o match com esses trabalhadores mais jovens não aconteceu para 68,1% dos entrevistados. A diferença é gritante comparada com os Baby Boomers, a segunda colocada do ranking, composta pelas pessoas nascidas de 1945 a 1964, que geram entraves para 11,4% do mercado.
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O consultor de carreira e negócios da ESIC, Alexandre Weiler, afirma que no cenário empresarial atual é cada vez mais comum encontrar as cinco gerações distintas trabalhando lado a lado. “É um fenômeno sem precedentes, que apresenta uma riqueza de perspectivas, habilidades e experiências que podem impulsionar a inovação e o crescimento das organizações. No entanto, lidar com essa diversidade geracional também traz desafios consideráveis, que exigem uma abordagem estratégica e sensível por parte das empresas”, conta.
Entenda quais são as gerações e o contexto o qual elas fazem parte
Weiler explica que cada geração tem características próprias, moldadas por diferentes contextos históricos, culturais e tecnológicos, sendo que essas diferenças influenciam suas expectativas, valores, estilos de comunicação e abordagens ao trabalho. Sobre cada uma das gerações, Weiler elenca as principais características de cada uma delas:
Baby Boomers (1946-1964)
Cresceram em um período de grande crescimento econômico e tendem a valorizar a estabilidade e a lealdade à empresa. São conhecidos por sua forte ética de trabalho e dedicação.
Geração X (1965-1980)
Testemunharam a transição de um mundo predominantemente analógico para um digital. Valorizam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e são altamente adaptáveis.
Geração Y ou Millenials (1981-1996)
Desenvolveram-se em uma era de rápida inovação tecnológica. Buscam propósito no trabalho, valorizam a flexibilidade e esperam ambientes colaborativos.
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Geração Z (1997-2010)
São nativos digitais com uma afinidade natural para a tecnologia. Esperam resultados rápidos, valorizam a diversidade e a inclusão, e procuram ambientes que ofereçam constantes oportunidades de crescimento.
Geração Alfa (a partir de 2010)
A geração mais jovem, que ainda está começando a entrar no mercado de trabalho. Cresceram em um mundo altamente digitalizado e trarão novas formas de pensar e trabalhar.
Conhecer as diferentes gerações é importante para desenvolver estratégias de integração
Nesse contexto, o consultor afirma que para que as empresas possam aproveitar ao máximo os benefícios da diversidade geracional, é essencial desenvolver estratégias que promovam a integração e a colaboração entre as diferentes faixas etárias.
“Fomentar a comunicação intergeracional é fundamental, criando canais de comunicação abertos e transparentes que incentivem a troca de ideias e a colaboração entre diferentes gerações, reduzindo mal-entendidos e promovendo um ambiente mais harmonioso. Oferecer opções de trabalho flexíveis, como home office e horários ajustáveis, pode atender às diversas necessidades das diferentes gerações, aumentando a satisfação e a produtividade dos funcionários”, explica.
Além disso, a implementação de programas de mentoria, tanto tradicionais quanto reversos, pode ser altamente benéfica, uma vez que enquanto os mais jovens podem ensinar habilidades tecnológicas aos mais experientes, estes últimos podem compartilhar conhecimentos sobre gestão e experiência de vida.
“Promover uma cultura organizacional inclusiva é fundamental para valorizar a diversidade e as contribuições únicas de cada geração. Isso pode ser feito através de políticas claras de diversidade e inclusão, treinamentos e iniciativas que celebrem as diferenças. Investir em programas de desenvolvimento contínuo que atendam às necessidades específicas de cada geração pode promover a retenção de talentos e o crescimento profissional, garantindo que todos os funcionários se sintam valorizados e apoiados”, conta Weiler.
Com relação às empresas, o consultor reforça que as que conseguirem integrar com sucesso essas cinco gerações no ambiente de trabalho, tendem a ter uma vantagem competitiva significativa, já que a diversidade geracional pode ser uma poderosa alavanca para inovação, criatividade e resolução de problemas, desde que gerida com cuidado e atenção às necessidades individuais de cada grupo.
“Espera-se um ambiente de trabalho mais colaborativo, inovador e dinâmico, onde o aprendizado contínuo e a troca de experiências serão os pilares do sucesso organizacional. A convivência harmoniosa entre as gerações é não apenas possível, mas também desejável, trazendo benefícios imensuráveis para as empresas que souberem aproveitar essa oportunidade única de transformação”, finaliza.
Como lidar com a diferença de gerações no ambiente de trabalho?
Para que as empresas possam aproveitar ao máximo os benefícios da diversidade geracional, é essencial desenvolver estratégias que promovam a integração e a colaboração entre as diferentes faixas etárias. Nesse contexto, Weiler oferece algumas dicas práticas, como:
1 – Fomentar a comunicação intergeracional
É fundamental criar canais de comunicação abertos e transparentes. Incentivar a troca de ideias e a colaboração entre diferentes gerações pode reduzir mal-entendidos e promover um ambiente mais harmonioso.
2 – Oferecer flexibilidade e adaptação
Oferecer opções de trabalho flexíveis, como home office e horários ajustáveis, pode atender às diversas necessidades das diferentes gerações, aumentando a satisfação e a produtividade dos funcionários.
3 – Promover programas de mentoria
Implementar programas de mentoria, tanto tradicionais quanto reversos, pode ser altamente benéfico. Enquanto os mais jovens podem ensinar habilidades tecnológicas aos mais experientes, estes últimos podem compartilhar conhecimentos sobre gestão e experiência de vida.
4 – Promover a cultura de inclusão
Promover uma cultura organizacional inclusiva é fundamental para valorizar a diversidade e as contribuições únicas de cada geração. Isso pode ser feito através de políticas claras de diversidade e inclusão, treinamentos e iniciativas que celebrem as diferenças.
5 – Contar com treinamento e desenvolvimento
Investir em programas de desenvolvimento contínuo que atendam às necessidades específicas de cada geração pode promover a retenção de talentos e o crescimento profissional, garantindo que todos os funcionários se sintam valorizados e apoiados.
*Com assessoria de imprensa.
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