Suplente de vereador morto no Paraná é preso por encomendar execução; “crime político”

O primeiro suplente do vereador eleito João Domiciano Neto (União Brasil), conhecido como João Garré, morto em Santana do Itararé, Norte Pioneiro do Paraná, foi preso junto com o filho pelo assassinato da vítima. A Polícia Civil afirma que o crime teve motivação política. 

Os dois homens, de 49 e 31 anos, foram localizados e detidos na segunda-feira (18), em um hotel em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, a 321 km da cidade do interior paranaense. 

João Garré foi eleito como vereador da cidade de Salto do Itararé nas eleições de 2024 e iria assumir o mandato em janeiro de 2025. 

De acordo com o delegado Huarlei Oliveira, não há dúvidas de que o suplente e o filho encomendaram a execução do rival político. Ele explica que as provas levantadas durante a investigação foram suficientes para a Justiça acatar o pedido de prisão preventiva. 

“Foi constatado que o fato teria sim motivações políticas e o suspeito era o primeiro suplente ao cargo de vereador na cidade de Salto do Itararé. Para materializar o vínculo entre o crime e o suspeito foram feitas diversas diligências. Esses fatos foram apresentados ao Poder Judiciário que emitiu os mandados de prisão preventiva tanto do suplente quanto do seu filho. O filho teria participado como intermediador, negociando com os executores”, explicou Oliveira. 

Os suspeitos devem responder pelos crimes de homicídio qualificado e organização criminosa.

Os homens apontados como executores do assassinato morreram em confronto com a polícia em Curitiba.

Vereador é morto no Paraná

O vereador eleito João Domiciano Neto foi morto no Paraná na madrugada de 9 de novembro. Na ocasião, ele estava na casa dos pais em Santana do Itararé, cidade vizinha a Salto do Itararé, quando foi surpreendido por dois criminosos.

Os bandidos invadiram a residência e efetuaram vários disparos de arma de fogo contra João, que foi atingido por pelo menos quatro deles e morreu no local.

Os executores foram identificados poucas horas após o crime, através das imagens de uma câmera de segurança. Na gravação, eles apareciam entrando em um carro com placas de Curitiba para fugir, motivo pelo qual a polícia da capital foi alertada.

“A Polícia Civil fez algumas diligências e se deparou com a imagem de um veículo onde os dois elementos que executaram esse homicídio contra o vereador embarcaram e fugiram da cidade. A delegacia então passou a alerta para toda a polícia e também para nós porque a placa do veículo constava como Curitiba”, explicou o sargento Alexandre, do Batalhão de Polícia de Rondas Ostensivas de Natureza Especial (RONE) de Curitiba.

Executores mortos pela polícia

Já na tarde de 9 de novembro, o veículo utilizado pelos criminosos foi localizado no bairro Uberaba, na capital, nas proximidades do endereço que constava dos documentos do automóvel. Policiais da Rone tentaram uma abordagem após eles deixarem uma sorveteria, mas os homens reagiram e acabaram mortos.

“Uma das viaturas acabou se deparando com esse veículo. Na tentativa de abordagem desse veículo, eles efetuaram alguns disparos contra a equipe e houve um confronto”, completou o sargento. 

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