Prefeitura de Curitiba não promete manter árvores na Arthur Bernardes
Primeira reunião com movimento SOS Arthur Bernardes ocorreu na última quinta
A Prefeitura de Curitiba se reuniu com integrantes do movimento SOS Arthur Bernardes para debater o projeto da Avenida Presidente Arthur da Silva Bernardes. O encontro aconteceu na última quinta-feira (13), na sede do IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba).
As obras iniciaram entre as ruas Francisco Klemtz e Tamoios, no bairro Portão, e não devem ser paralisadas. A promessa da Prefeitura de Curitiba é manter todas as árvores no local até esclarecer todas as dúvidas e encontrar um denonimador comum com os moradores da região.
No entanto, de acordo com Kelly Ester Lopes, moradora do Santa Quitéria e integrante do movimento SOS Arthur Bernardes, a Prefeitura não se comprometeu em evitar a quantidade alta de corte de árvores.
“Com relação à questão de uma proposição por parte da Prefeitura, de uma solução para evitar o alto índice de cortes de árvores no trecho da Arthur Bernardes, isso não aconteceu. O que houve foi uma promessa de uma nova reunião a partir dos questionamentos que nós fizemos e das proposições que nós colocamos de alternativas para tentar impedir esses cortes a partir da obra que vai ser feita lá. E é isso, agora nós estamos no aguardo. O IPPUC se propôs a analisar os nossos questionamentos e propostas e a partir disso a gente pensar e ver quais seriam possíveis soluções. Então na verdade, não houve nada de concreto no sentido de que as árvores não serão cortadas. Isso a gente está aguardando“, afirmou, em entrevista ao Paraná Portal.
MAIS PROBLEMAS PARA A POPULAÇÃO
A moradora do Santa Quitéria ainda explicou como a construção de um terminal de ônibus na Arthur Bernardes pode gerar maior problemas. “Além das questões ambientais, do impacto ambiental, porque ali existe um ecossistema muito bem consolidado, que envolve fauna, flora e a interação humana, com todo esse espaço. Então, a gente tem outras questões, assim, importantes. A gente tem as questões de mobilidade urbana, porque um terminal instalado no meio de um parque linear, em que as pessoas andam despreocupadamente, que estão ali por um momento de lazer, de prática de esportes. Então, ela vem, caminhando ou praticando, usando sua bicicleta, enfim, e esse fluxo é interrompido por um terminal”, questiona.
“A lógica de utilização desse espaço e de mobilidade dentro desse espaço vai mudar, porque um terminal muda isso. Isso é evidente. O entorno dos terminais, ele possui uma prioridade, que é a circulação de ônibus, não de pessoas. Então, ele. Esse é um dos impactos muito sérios que a gente tem com a colocação desse terminal no meio do parque”, acrescentou.
O QUE A PREFEITURA DE CURITIBA DIZ SOBRE AS OBRAS NA ARTHUR BERNARDES
No início da semana, a Prefeitura de Curitiba publicou um vídeo nas redes sociais para defender as obras na Arthur Bernardes. Em defesa, o vídeo descreve que 80 árvores serão transplantadas e, que, desde 2019, a Prefeitura realizou o plantio de mais de 500 mil árvores. Além disso, afirma que criou cinco parques verdes na capital e 40 Reservas do Patrimônio Particular Natural Municipal (RPPN).
O vídeo gerou milhares de reclamações nas redes sociais de moradores. Um deles foi o goleiro Bento, ex-Athletico e da seleção brasileira. O jogador cobrou a Prefeitura sobre o corte de árvores e lembrou das obras na Avenida Victor Ferreira do Amaral, no Tarumã.
*Entrevista realizada pela jornalista Brenda Iung e com informações de Rafael Nascimento
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