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Londrina e Foz do Iguaçu lutam contra a dengue com soltura de Wolbitos
Foto: Alessandro Vieira/WMP Brasil

Londrina e Foz do Iguaçu lutam contra a dengue com soltura de Wolbitos

Está prevista a liberação de 26.156.800 Wolbitos em Foz e 58.087.000 em Londrina até o fim do ano

paranaportal - segunda-feira, 26 de agosto de 2024 - 15:04

Foz do Iguaçu e Londrina, nas regiões oeste e norte do Paraná, respectivamente, registraram a primeira soltura de Wolbitos, como são chamados os mosquitos Aedes Aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, nesta segunda-feira (26). A expectativa é que em 20 semanas de trabalho, as equipes liberem os mosquitos “modificados” como forma de reforçar o combate contra a dengue, Zika e chikungunya em diversas localidades dos dois municípios.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), somente neste semana serão soltos 1,3 milhão de mosquitos em Foz do Iguaçu e 3 milhões em Londrina. A ação é desenvolvida pelo World Mosquito Program (WMP) em conjunto com as equipes de vigilância ambiental dos municípios.

Há cerca de um mês, as fábricas para o desenvolvimento do método foram inauguradas nessas localidades. Até o fim do ano está prevista a liberação de 26.156.800 Wolbitos em Foz do Iguaçu e 58.087.000, em Londrina.  

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A coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte, destaca que a soltura de Wolbitos em Londrina e Foz do Iguaçu é um método complementar de luta contra a dengue, Zika e chikungunya.

“É fundamental enfatizar que essa tecnologia está alinhada com outras estratégias de combate ao mosquito. O Governo e a população devem continuar fazendo a sua parte. É essencial eliminar locais com água parada e a limpeza dos quintais”, ressalta.

O Método Wolbachia, que trabalha com a soltura de Wolbitos, faz parte de uma estratégia nacional de médio a longo prazo para combater a proliferação da doenças transmitidas pelos Aedes Aegypti. Os cientistas destacam que o método totalmente natural e não tem nenhum perigo para a população.

A bactéria wolbachia é um microrganismo intracelular presente naturalmente em 60% dos insetos, mas não no Aedes aegypti. Quando presente nesses mosquitos, ela impede que os vírus da dengue, Zika e chikungunya se desenvolvam, contribuindo para redução de casos. Uma vez que os mosquitos com wolbachia são liberados, eles se reproduzem com aqueles que já estão presentes no ambiente, contribuindo, assim, para a permanência da Wolbachia nas gerações futuras.

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