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Litoral do Paraná registra mais de 1.500 casos de virose
Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

Litoral do Paraná registra mais de 1.500 casos de virose

Apesar do número expressivo, Secretaria da Saúde afirma não se tratar de um surto

Mirian Villa - BandNews FM Curitiba - terça-feira, 7 de janeiro de 2025 - 14:15

O Litoral do Paraná registrou mais de 1.500 casos de virose neste ano. Em Guaratuba foram 706 ocorrências desde o dia 29 de dezembro; em Pontal do Paraná, entre 1º e 5 de janeiro, foram 771 atendimentos similares a virose; e em Matinhos foram 728 casos nos três primeiros dias do ano.

As informações são da BandNews FM Curitiba.

Apesar do aumento de notificações, a Secretaria de Estado da Saúde afirma não se tratar de um surto da doença, que é causada por vírus e caracterizada pelos sintomas de mal-estar, fraqueza, enjoo, dor abdominal, muscular e de cabeça. Segundo a infectologista Camila Ahrens, a contaminação pode ocorrer pelo contato direto com o vírus ou pela falta de higiene.

“A gente sabe que na praia tem muita aglomeração isso acaba gerando realmente maior risco de circulação viral e sobrecarregando o sistema de saúde. Muitas pessoas acabam não lavando as mãos antes de comer, depois de ir no banheiro. Isso leva ao compartilhamento também de objetos, como talheres e copos, e acaba transmitindo o vírus. Você vai procurar atendimento médico e quando você tem vômitos que são incoerentcíveis, não consegue controlar o medicamento em casa comum. A pessoa está urinando pouco ou também tem urina muito concentrada não consegue se hidratar em casa”.

As altas temperaturas e a lotação das praias podem contribuir para a disseminação das viroses de verão, que são causadas, principalmente, pelo adenovírus e o enterovírus, transmissíveis pelo contato com superfície, água e alimento. A médica detalha que o principal tratamento é a hidratação, priorizando o consumo de água tratada.

“É importante não entrar em pânico, virose tende a passar sozinho em alguns dias. É importante você manter refeições leves, hidratar constantemente, preferencialmente água de côco, bebidas isotônicas, evitar alimentos que você não sabe a procedência. Crianças maiores de dois anos e não idosos, por exemplo, podem preferencialmente tratar em casa remédio para dor, para febre e para dor na barriga”.

Não tomar banho em praias classificadas como impróprias, não entrar no mar 24 horas após as chuvas (por causa do risco de deslocamento de resíduos), preparar bem os alimentos e filtrar água são alguns cuidados que devem ser tomados.

Conforme a especialista, o registro de casos de gastroenterite ou hepatite também podem aumentar nesta época do ano.

“A contaminação do mar pode também aumentar os casos de viroses, gerar também um problema de trato gastrointestinal, provocando diarreia, náuseas, vômitos, cólicas, febre. E lembrar também da hepatite A, que nessa época do ano também tende a circular mais, porque a contaminação orofecal, o que seria isso? Transmissão por fezes e alimentos contaminados. Até uma pessoa que está doente pode manipular alimentos e transmitir para outras pessoas”.

Para diminuir os riscos de contaminação, é importante estar atento à higiene.

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