Cidades
Curitiba tem mais de 122 mil pessoas vivendo em 166 favelas, segundo Censo
(Foto: César Brustolin/SMCS)

Curitiba tem mais de 122 mil pessoas vivendo em 166 favelas, segundo Censo

Maioria dos moradores tem entre 20 e 29 anos

Pedro Melo - sábado, 9 de novembro de 2024 - 11:00

O Censo Demográfico 2022 revelou que 122.695 pessoas moram em 166 favelas e comunidades urbanas em Curitiba. Os números foram divulgados, na última sexta-feira (08), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A maior faixa etária de morades em favelas e comunidades urbanas em Curitiba é de pessoas de 20 a 24 anos (11.065) e 25 a 29 anos (10.689). A maioria das pessoas são brancas ou pardas.

Depois de Curitiba, Almirante Tamandaré, com 64 favelas e comunidades urbanas, e Ponta Grossa, com 45, vêm na sequência. Paranaguá tem menos favelas e comunidades urbanas que as outras cidades citadas (42), mas com mais pessoas vivendo nos locais (68.839 pessoas contra 28.195 da cidade na Região Metropolitano e 23.961 do munícipio nos Campos Gerais.

Em todo o Paraná, 442.100 pessoas vivem em 636 favelas e comunidades urbanas.

FAVELAS E COMUNIDADES URBANAS CRESCEM EM TODO O BRASIL

O Censo Demográfico 2022 encontrou 12.348 Favelas e Comunidades Urbanas no Brasil, onde viviam 16.390.815 pessoas, o que equivalia a 8,1% da população do país. Em 2010, foram identificadas 6.329 Favelas e Comunidades Urbanas, onde residiam 11.425.644 pessoas, ou 6,0% da população do país naquele ano.

Segundo o IBGE, esse aumento pode ser explicado também pelo aperfeiçoamento tecnológico na operação censitária e um maior conhecimento do território, melhorando a captação das informações sobre essa população no período intercensitário. A comparação dos resultados entre os dois Censos, para as Favelas e Comunidades Urbanas, deve considerar esse contexto e ser feita com cautela.

“Quando a gente olha a variação de população, o aumento de território, sem essa crítica, o que pode parecer como um simples crescimento demográfico pode ser fruto, na realidade, de uma melhoria do mapeamento, das condições de classificações dessas áreas”, explicou Letícia de Carvalho Giannella, analista do IBGE.

O IBGE pesquisa as Favelas e Comunidades Urbanas desde 1950 e vem aprimorando a abordagem deste tema nos censos demográficos. Há uma dificuldade inerente para dimensionar esses territórios que são muito dinâmicos e, em grade parte, não têm limites oficialmente estabelecidos ou domicílios cadastrados.

FIQUE POR DENTRO DAS NOTÍCIAS DO PARANÁ

Assine, de forma gratuita, o canal de WhatsApp do Paraná Portal. Clique aqui.

Compartilhe