Cidades
Com mais de 500 casos de coqueluche, Paraná faz treinamento para enfrentar a doença 
Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF

Com mais de 500 casos de coqueluche, Paraná faz treinamento para enfrentar a doença 

A regional com o maior número de confirmações é a da Grande Curitiba; a prefeitura já confirmou duas mortes

Caroline Signori Berticelli - sexta-feira, 27 de setembro de 2024 - 14:11

Duzentos profissionais de saúde que trabalham em 21 municípios dos Campos Gerais do Paraná participaram, nesta semana, de um treinamento para o controle, diagnóstico precoce, manejo e prevenção da coqueluche. De acordo com o último boletim da doença, publicado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) na quarta-feira (25), em 2024, já foram confirmados 92 casos nas regiões pertencentes às Regionais de Saúde de Ponta Grossa e Irati.   

Ao todo, desde o início do ano, o Paraná já confirmou 537 casos de coqueluche. Segundo o informe semanal, a maioria dos registros são das seguintes regionais de saúde:

  • 2ª Regional de Saúde Metropolitana, que engloba a Grande Curitiba, com 295 casos de coqueluche;
  • 3ª RS de Ponta Grossa, com 73 casos;
  • 17ª RS de Londrina, com 71;
  • 1ª e 15ª Regionais de Paranaguá, com 20;
  • Maringá, com 20. 

O estado vive um surto da doença, assim como o restante do Brasil e os órgãos de saúde alertam para a necessidade de vacinação.

Mortes por coqueluche no Paraná

A Sesa aponta que o único óbito ocorreu em Londrina e outros quatro permanecem em investigação. Enquanto a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba já confirmou duas mortes por coqueluche

  • No dia 22 de agosto, foi divulgado o óbito de bebê, do sexo masculino, de três meses de idade, nascido com 27 semanas (considerado prematuro extremo), ocorrido no dia 18;
  • No dia 30 do mesmo mês, foi confirmada a morte de um bebê de cinco meses, ocorrida no dia  25.

O boletim da coqueluche no Paraná é publicado semanalmente no site da Sesa.

Treinamento

Conforme a Secretaria, no treinamento, profissionais da Atenção Primária, Pronto Atendimentos e estabelecimentos hospitalares aprofundaram seus conhecimentos para a coleta de material nasal com o objetivo de diagnosticar a doença, os aspectos clínicos, dados e relatos da doença, além da parte prática. 

A médica Melissa Favile Erdmann, infectologista do Hospital Pediátrico Waldemar Monastier, uma das palestrantes, explicou a importância do diagnóstico precoce da coqueluche em crianças. “Em adultos a doença é menos frequente e pode passar despercebida ou, até mesmo, ser confundida com outras patologias respiratórias, o que justifica a importância do treinamento”, afirmou.

Vacinação contra coqueluche

A doença acomete principalmente crianças e lactentes até os seis meses de idade e a vacinação é a principal forma de controle. O imunizante faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível nos postos de saúde do Estado.

A vacina contra a coqueluche está disponível nas 108 unidades de saúde de Curitiba. Nas crianças, o esquema vacinal é realizado com a vacina pentavalente e em adultos é destinada para gestantes, puérperas (mulheres que tiveram filhos há 45 dias) e profissionais de saúde.

Com o surto nacional de coqueluche, o Ministério da Saúde, determino que o imunizante também seja ofertado para todos os trabalhadores de estabelecimentos públicos e privados que atuam em berçários e creches com atendimento de crianças até 4 anos de idade.

*Com AEN

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