
Passageiro chileno que fechou aeroporto com “bomba” de coxinha é absolvido
O homem ficou cinco dias presos em Foz do Iguaçu e precisou pagar uma fiança de R$ 10 mil
Um passageiro de nacionalidade chilena que causou o fechamento do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, ao anunciar que carregava uma bomba foi absolvido pela Justiça Federal do estado. Na verdade, ele levava em sua bagagem de mão um pacote com coxinhas. O caso aconteceu em junho de 2023.
De acordo com a Polícia Federal (PF), na época, o homem estava dentro de um avião prestes a decolar e foi orientado pela aeromoça a guardar um pacote que carregava no colo. Em resposta, ele informou para a funcionária da companhia aérea que se tratava de uma bomba ou bombas, o que deu início a confusão.
O episódio resultou na evacuação da aeronave, suspensão de pousos e decolagens no aeroporto de Foz do Iguaçu e reprogramação do voo.
No Chile, “bomba de carne” é um dos termos usados para nomear as nossas famosas coxinhas, ou seja, o homem voltava para casa levando um pacote de coxinhas e acabou preso por cinco dias.
Segundo a defesa do estrangeiro, ele estava em uma viagem a trabalho e precisou pagar R$ 10 mil de fiança. Além de todo o transtorno, ao retornar para seu país de origem, o homem ainda perdeu o emprego.
Agora, a juíza federal substituta Elizangela de Paula Pereira entendeu que o passageiro chileno não teve intenção de causar pânico ao revelar que levava uma bomba no voo. Ela pontuou que ouviu várias testemunhas que “foram uníssonas em afirmar que é comum da cultura do Chile utilizar a expressão ‘bomba de carne’ para se referir a um salgado de aparência redonda e que contém carne em seu interior”.
Ainda conforme o despacho, o réu absolvido deverá ter seus R$ 10 mil ressarcidos.
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