
Mais de 50% dos curitibanos estão acima do peso; 22% com obesidade
Dos 12.544 falecimentos registrados na capital paranaense em 2024, 3.098 foram mortes cardiorrespiratórias, como infarto agudo ou acidente vascular cerebral
Mais de 50% dos curitibanos estão acima do peso, dos quais 22% com obesidade diagnosticada, revelou nova secretária de Saúde de Curitiba, Tatiane Filipak. Os dados foram apresentados durante uma audiência pública de Prestação de Contas da Secretaria da Saúde, na Câmara Municipal, na terça-feira (25).
Dos 12.544 falecimentos registrados em Curitiba no ano de 2024, 3.098 foram mortes cardiorrespiratórias, como infarto agudo ou acidente vascular cerebral, representando 24% do total. Em segundo lugar, ficaram os óbitos decorrentes de tumores, com 2.865 falecimentos, na maioria de pele, mama e próstata, deixando somente em terceiro posto as mortes provocadas por fatores externos, que foram 1.051, como acidentes de trânsito e violência interpessoal, por exemplo.
De acordo com Filipak, muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas com mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico.
“As mortes cardiorrespiratórias, [em geral] são consequência de doenças crônicas, onde os pacientes não fazem o acompanhamento adequado, não mudam o estilo de vida. Mais de 50% dos curitibanos estão acima do peso, dos quais 22% em obesidade”, exemplificou Tatiane Filipak. “Um paciente diabético tem seis vezes mais chances de infartar do que um não diabético”, completou.
Por outro lado, as causas externas são os principais motivos de internamento, respondendo por 16.067 casos em 2024.
Na audiência, a secretária também apresentou os planos de expansão da rede pública de Saúde em Curitiba. Segundo ela, o número de pacientes aumenta a cada ano e a ampliação é necessária para que todos poços ser assistidos.
“A demanda [para o SUS de Curitiba] só vem aumentando. Temos um grande quantitativo de cidadãos que ontem tinham plano de saúde e que hoje não têm mais. E é o SUS de Curitiba que vai assumir esse paciente. Temos também um grande volume de imigrantes chegando na cidade”, complementou Tatiane Filipak, informando que a maior parte da população é do sexo feminino e tem entre 20 e 59 anos de idade.
Tatiane Filipak atualizou o número da rede SUS em Curitiba, informando que em 2024, a Atenção Primária à Saúde realizou 2,13 milhões de consultas médicas (8.908/dia), 986 mil consultas com enfermeiros (4.110/dia), 13,4 milhões de procedimentos de enfermagem (55,9 mil/dia) e 1,44 milhão de saúde bucal (6 mil/dia). As UPA realizaram 1,3 milhão de consultas (3,7 mil/dia). Somando apenas esses atendimentos, são mais de 10 mil consultas médicas por dia, além daquelas realizadas pela Central Saúde Já, que registrou 465 mil atendimentos no ano, sendo 286,9 mil com médicos, 162,9 mil com enfermeiros e 15,3 mil administrativos. Nos CAPS, que concentram a produção em Saúde Mental, foram 14,3 mil acolhimentos.
*Com Câmara Municipal de Curitiba
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