Licitação do transporte coletivo da RMC entra na reta final
O sistema contará com 138 linhas intermunicipais e 835 veículos, além da construção de novos terminais metropolitanos
A documentação da primeira licitação do transporte coletivo da Região Metropolitana de Curitiba foi encaminhada pela Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep) à Procuradoria-Geral do Estado (PGE). Implementado em 1996, esta será a primeira vez, o serviço será regulamentado via processo licitatório.
A PGE deve analisar os documentos e devolvê-los com eventuais apontamentos em até 30 dias.
De acordo com o presidente da Amep, Gilson Santos, a contratação via licitação trará mais segurança jurídica para o estado, assim como para as empresas, o que deve refletir em mais qualidade no serviço prestado aos usuários.
“Atualmente, temos um sistema frágil, em que as empresas operam via permissões. O processo licitatório vai regulamentar o serviço, com o estado ganhando mais poder para controlar e exigir o cumprimento das normas, enquanto as empresas terão garantias para fazer os investimentos e entregar o melhor serviço possível aos cidadãos”, afirmou.
Nova frota de ônibus no transporte coletivo da RMC
Segundo a Amep, a nova concessão permitirá a renovação da frota, a inclusão de melhorias tecnológicas e a modernização do sistema de bilhetagem. O sistema contará com 138 linhas intermunicipais e 835 veículos, além da construção de novos terminais metropolitanos, atendendo cerca de 50 milhões de passageiros por ano.
O número de municípios atendidos com o transporte metropolitano também será ampliado, atualmente atendendo 19 cidades, ele passará a cobrir todas as 28 localidades da Região Metropolitana de Curitiba. A medida beneficia os moradores de Adrianópolis, Campo do Tenente, Cerro Azul, Doutor Ulysses, Lapa, Piên, Rio Negro, Tunas do Paraná e Tijucas do Sul.
O modelo de contratação foi proposto após um amplo trabalho técnico que incluiu estudos preliminares, consulta pública, audiência pública, estruturação de Termo de Referência, Edital, Planilhas de Custos, Composição dos Lotes e Plano Econômico-Financeiro. O material foi desenvolvido com o apoio da Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, além de um Grupo de Trabalho composto por representantes da Amep, Secretaria das Cidades, Secretaria da Fazenda, PGE e Casa Civil.
Transporte coletivo de Curitiba
Em Curitiba, o transporte coletivo terá uma nova concessão neste ano. O leilão está previsto para o terceiro trimestre de 2025, entre as prioridades da atual administração municipal estão a modernização do sistema, a reestruturação dos serviços de mobilidade da Rede Integrada de Transporte (RIT), a ampliação da integração com a Região Metropolitana e a descarbonização gradual da frota, com a substituição do diesel por outras opções sem emissões, como os veículos elétricos, e a inclusão de novas tecnologias aplicadas para melhorar a vida dos passageiros.
O projeto é desenvolvido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e pelo consórcio Oficina-Gpo-Rhein-Addax.
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*Com AEN
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