Cidades
Coqueluche no Paraná: estado ultrapassa a marca de 300 casos
(Foto: Ilustrativa/Pixabay)

Coqueluche no Paraná: estado ultrapassa a marca de 300 casos

Doença afeta principalmente crianças; Secretaria da Saúde reforça pedido para vacinação

Agência Estadual de Notícias - quarta-feira, 4 de setembro de 2024 - 20:00

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta quarta-feira (4) o boletim semanal do perfil epidemiológico da coqueluche. De acordo com o novo documento os números continuam a subir – desde o início do ano foram registrados 302 casos de coqueluche e um óbito no Paraná (há, ainda, quatro óbitos em investigação). Por ser altamente transmissível e prevenível, a Sesa alerta a população sobre a importância de manter atualizada a vacinação contra a doença.   

A maioria das confirmações deste ano é da 2ª Regional de Saúde Metropolitana, com 185 casos, seguida da 3ª RS de Ponta Grossa (35), 17ª RS de Londrina (19) e a 1ª Regional de Paranaguá (16). O óbito ocorreu em Londrina e outros quatro permanecem em investigação.  

De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em 2019 o Paraná registrou 101 casos de coqueluche; em 2020 foram 26; em 2021 nove; em 2022 foram cinco casos e no ano passado 17.

O que é coqueluche?

A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causando crises de tosse seca e falta de ar. Estima-se que uma pessoa com coqueluche pode infectar de 12 a 17 outros indivíduos. 

A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes.

Apesar dos sintomas serem parecidos com os de um resfriado, com febre, tosse, coriza, dores no corpo e cansaço, sem tratamento adequado a tosse pode aumentar consideravelmente.

A doença acomete principalmente crianças e lactentes até os seis meses e a vacinação é a principal forma de controle. O imunizante faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível nos postos de saúde do Estado.

“Os municípios possuem estoque das vacinas utilizadas para a proteção e imunidade das crianças. O Ministério da Saúde (MS) publicou uma nota técnica com alerta sobre a ocorrência da coqueluche no país. O Paraná segue as orientações e se mantém vigilante quanto à doença”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Cesar Neves.

Vacinação contra coqueluche no Paraná

A imunização contra a doença nas crianças ocorre por meio da vacina pentavalente e DTPA. A primeira deve ser aplicada em três doses, aos dois, quatro e seis meses de vida. Já a DTP deve ser administrada como reforço aos 15 meses e aos quatro anos. Atualmente as coberturas vacinais estão em 88,73% e 86,12%, respectivamente. Já para a dTpa, destinada aos trabalhadores da saúde e da educação, a cobertura é de 68,93%.

Como é o esquema vacinal

Vacina pentavalente:

Imuniza contra difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenza do tipo B e hepatite B        

Crianças:

1ª dose (2 meses)

2ª dose (4 meses)

3ª dose (6 meses)

Vacina DTP:

Previne a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis)    

Reforço (15 meses)

Reforço (4 anos)

Vacina dTpa

Previne a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis)    

Todos os profissionais de saúde

Gestantes a partir da 20ª semana (a cada nova gestação)

Trabalhadores de saúde que atuam em maternidade, berçários, UTI neonatal e Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais

Trabalhadores da educação que cuidam de crianças até 4 anos

Fique por dentro das notícias do Paraná

Assine, de forma gratuita, o canal de WhatsApp do Paraná Portal. Clique aqui.

Compartilhe