Paraná se aproxima de 1.500 casos confirmados de coqueluche no ano
Doença é altamente transmissível, e mais da metade das grávidas atendidas pelo SUS no Estado estão com a vacina em atraso.
O Paraná soma 1.421 casos confirmados de coqueluche em 2024. O balanço foi atualizado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta quarta-feira (13), com a confirmação de 189 novos diagnósticos positivos.
A doença é altamente transmissível – uma pessoa infectada pode transmitir a infecção para até outras 17. Por isso, a pasta alerta para a necessidade da população manter a vacinação em dia.
A vacina contra a coqueluche faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do SUS e está disponível nos postos de saúde dos 399 municípios paranaenses.
Conforme a Sesa, a maioria das confirmações ocorreu em Curitiba e região (617 casos), seguido das regionais de Londrina (256) e Ponta Grossa (167).
Três pessoas morreram de coqueluche no ano, uma em Londrina e duas em Curitiba. Outras três mortes, ocorridas nas cidades de São José dos Pinhais, Umuarama e Quitandinha, são investigadas.
“Estamos no período sazonal da doença, que ocorre entre os meses de setembro e março. Assim, é muito provável que o aumento no número de casos continue não só no Paraná, mas em todo o Brasil. Por isso, é fundamental que a população compreenda a importância de manter a carteirinha de vacinação atualizada, pois essa é a forma mais eficaz de prevenir a circulação do bacilo”, destaca o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
Vacinação contra a coqueluche no Paraná
Além das crianças, que recebem a imunização por meio das vacinas pentavalente (aos dois, quatro e seis meses) e DTP (reforço aos 15 meses e aos quatro anos), a Sesa recomenda que gestantes e profissionais da saúde também recebam o imunizante.
Segundo dados do painel do Ministério da Saúde (MS), a cobertura vacinal atual da pentavalente em crianças é de 90%, enquanto a da DTP é de 86% no Paraná. Informações obtidas pela plataforma “Paraná Saúde Digital” indicam que das 39.847 gestantes com mais de 20 semanas atendidas e cadastradas no SUS, 53,3% (21.253) estão com a vacina em atraso no Estado.
O risco da coqueluche é maior para crianças menores de um ano e, se não tratada adequadamente, pode evoluir para um quadro grave, podendo até levar à morte.
A doença evolui em três fases. Na inicial os sintomas são semelhantes aos de um resfriado comum, com febre baixa, mal-estar geral e coriza. Na segunda fase, surgem crises de tosse seca (cinco a dez tossidas em uma única inspiração), podendo ser seguidas de vômitos, falta de ar e coloração roxa na face. Os sintomas diminuem no terceiro estágio, embora a tosse possa persistir por vários meses.
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