Alimentos e eletrônicos lideram lista de cargas roubadas no Brasil

Alimentos, eletroeletrônicos e medicamentos estão entre as cargas mais roubadas no Brasil. Em 2024, o valor das mercadorias subtraídas aumentou 21% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 1,217 bilhão, segundo dados divulgados pela Associação Nacional de Transporte e Logística.

Entre os motivos da preferência dos criminosos estão a alta demanda, revenda rápida, alto valor agregado, fácil transporte, valor estratégico e demanda constante etc. Veja as cinco cargas mais roubadas no Brasil e o porquê: 

• Alimentos e bebidas – alta demanda e rápida revenda. 
• Cigarros – fácil transporte e alto valor agregado. 
• Eletroeletrônicos – produtos de fácil revenda e valor elevado. 
• Medicamentos – especialmente os de alto valor. 
• Combustíveis – demanda constante e valor estratégico.

O cenário exige respostas cada vez mais eficazes das empresas de transporte, já que por sua vez as quadrilhas estão cada vez mais sofisticadas e utilizam tecnologia de ponta para  interceptar sinais de rastreamento e abordar veículos em movimento. 

“O aumento da organização das quadrilhas exige respostas estratégicas. Os criminosos estão cada vez mais bem-informados sobre rotas e horários de transporte. O uso de tecnologias de rastreamento, a personalização do atendimento, o acompanhamento remoto de veículos e o reforço na segurança em trechos críticos são medidas essenciais para reduzir os riscos”, explica Tatiana Bueno, diretora executiva da Tecnorisk, empresa de gerenciamento de risco para o transporte no Brasil e Mercosul. 

Segundo a especialista, o trabalho de gerenciamento de riscos é essencial para mitigar essas ameaças e evitar prejuízos. Para exemplificar um trabalho de recuperação de carga, Tatiana conta que no ano passado, um automóvel carregado com dispositivos eletrônicos e rastreado pela Tecnorisk foi alvo de criminosos que o perseguiam em duas motocicletas na região da Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro. 

Assim que foi informada pela responsável da transportadora sobre a perseguição ao condutor, a Central Tecnorisk acionou imediatamente as equipes de campo e a Polícia Militar. Em apenas sete minutos, agentes de Pronta Resposta, com o apoio da PM, chegaram ao local onde o veículo havia emitido sua última posição. Houve um breve confronto com os criminosos, que resultou na recuperação da carga e na proteção do condutor, que saiu ileso.

Após a recuperação da mercadoria, os agentes de Pronta Resposta acompanharam todos os procedimentos na delegacia e escoltaram o veículo e o condutor até a base da transportadora. A operação foi concluída apenas após a garantia total da segurança de todos os envolvidos.

“O contato imediato com os responsáveis pela operação e a rápida atuação das forças de segurança e da equipe foram decisivos para impedir o roubo e garantir a integridade do motorista e da carga”, salienta Tatiane.