Demafe vai pedir prisão de torcedor que cometeu racismo contra zagueiro do Athletico
Delegado ouviu o jogador Léo nesta segunda-feira (27)
O delegado Luiz Carlos de Oliveira, da Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos da Polícia Civil do Paraná (Demafe-PR), afirmou que vai pedir a prisão preventiva do torcedor do Coritiba envolvido em ato racial contra o zagueiro Léo Pelé, do Athletico.
A Demafe segue investigando para identificar o torcedor o mais rápido possível. A delegacia já tem acesso às imagens do circuito interno do Couto Pereira e conta com a ajuda do Coritiba.
“O fato é injúria racial. Se fosse racismo, não precisava nem da figura do Léo. Como é injúria racial, que é determinada pessoa, ele fará o registro. Nós vamos seguir identificando o torcedor e responsabilizando pelo crime que ele praticou.
O zagueiro Léo, do Athletico, esteve na Demafe na manhã desta segunda-feira (27) para realizar a denúncia e prestar depoimento.
A Lei 14.532/2023 equipara a injúria racial ao crime de racismo no Brasil, com pena prevista de dois a cinco anos de prisão, sem direito a fiança e imprescritível, ou seja, sem limite temporal para que seja julgado. Se cometido no contexto de atividades esportivas, a legislação prevê ainda a proibição da pessoa frequentar, por três anos, locais destinados a práticas esportivas. Além disso, o autor também é obrigado a pagar uma multa.
JOGADORES DE ATHLETICO E CORITIBA SERÃO OUVIDOS PELA POLÍCIA
Em 2023, jogadores de Athletico e Coritiba também brigaram de maneira generalizada no final de um clássico na Ligga Arena. A Demafe marcou depoimento e até indiciou os envolvidos.
Dois anos depois, a postura do delegado será a mesma. “Não posso me contradizer. Uma situação que ocorreu há dois anos, se repetiu. Obviamente serão responsabilidades novamente por esse fato lamentável que foi a briga. O torcedor quer ver um espetáculo de jogo de futebol. Se quiser briga, ele vai ver MMA”, afirmou.
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