Balcão de negócios, Coritiba passa vergonha na Série B
Pela sucessão de erros administrativos que se arrastam nos últimos anos, e perpetuados pela SAF, o Coritiba se tornou um time de Série B que eventualmente joga a Série A.
Enquanto times emergentes do interior de São Paulo sobem para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, com propriedade, o Coritiba, tradicional, com mais de 100 anos de história e que representa a capital do Paraná e o próprio Estado, passa vergonha nos campos da Série B. O mais recente vexame, de uma temporada desastrosa, ocorreu neste domingo, 17, em Chapecó, Santa Catarina, quando foi derrotado de virada pelo time local.
Mesmo com muito dinheiro em caixa nas mãos da SAF Treecorp que, de futebol, nada entende, apenas de negócios, o clube vai amargar mais uma temporada na Divisão de Acesso. Será o sétimo ano na era dos pontos corridos que o Coxa irá disputar a Série B. Os números não mentem. Pela sucessão de erros administrativos que se arrastam nos últimos anos, e perpetuados pela SAF, o Coritiba se tornou um time de Série B que eventualmente joga a Série A.
Entre os torcedores do Coxa (eu sou um deles) cresce a crença que nem na Bíblia havia um povo tão sofrido. É uma decepção atrás da outra, não há emoção. Mal sabem os dirigentes como fica o coração e a alma de cada torcedor após cada derrota – ou será que sabem?
Ir ao Couto Pereira, mesmo com o time nessa fase desastrosa, virar o rosto de lado e ver uma criança, vestida de verde e branco, chorando, frustrada no meio da multidão.
Além da pouca importância que a “dona” do clube dá ao glorioso Coritiba, seu elenco é fraco, sem vontade, à exceção de dois ou três que ainda tem sangue na veia. Além de analisar o “DVD” dos atletas para a próxima temporada, a diretoria deveria promover um tour obrigatório do plantel ao recém-inaugurado Museu da Glória, recheado de taças e conquistas de outrora.
Agora, o que nos resta é esperar mais um ano e ir para o estádio esperançoso, porém, sem qualquer certeza de poder, no final de qualquer partida, comemorar. Quando um time tem dono e seu conselho não tem força para opinar ou decidir, o torcedor é o que mais sofre.