
Retrospectiva: Athletico tem centenário com título estadual e vexame com rebaixamento
Furacão caiu para a Série B no ano em que completou 100 anos
O Athletico começou o ano do centenário com muita expectativa de investimentos para o elenco e até mesmo de títulos importantes. A temporada, que teve mais um título estadual, terminou da pior maneira possível com rebaixamento para a Série B e muitas críticas.
O ano começou com a chegada de diversos estrangeiros para reforçar o elenco – lateral-direito Léo Godoy, zagueiro Mateo Gamarra e atacantes Lucas Di Yorio e Romeo Benítez. Além disso, o Rubro-Negro contratou o técnico colombiano Juan Carlos Osório.
A passagem de Osório pelo comando do Athletico durou apenas 12 partidas, com sete vitórias, quatro empates e uma derrota. A demissão ocorreu logo após o revés para o Londrina por 1 a 0, pelas quartas de final do Campeonato Paranaense. Apesar do aproveitamento positivo, o treinador vinha sendo alvo de críticas pelo desempenho da equipe.
CUCA, O TORCEDOR QUE VIROU TÉCNICO DO ATHLETICO

A diretoria do Athletico agiu rapidamente e trouxe Cuca para comandar a equipe. Torcedor declarado da equipe, o treinador chegou sob protestos, mas também com muito apoio das arquibancadas. O nome dele foi gritado pela torcida na Ligga Arena antes mesmo da primeira partida.
Com Cuca no comando, o Athletico goleou o Londrina no jogo de volta das quartas de final do Campeonato Paranaense. Na sequência, ganhou duas vezes do Operário na semifinal e mais duas do Maringá na decisão.
O Rubro-Negro comemorou o título estadual no ano de seu centenário, o que gerou uma declaração provocativa do atacante Pablo. “Tem clube que caíram para a segunda divisão no ano do centenário e nós já conquistamos título no começo da temporada. Isso é importantíssimo. Espero continuar fazendo os gols e que a gente continue vencendo”.
Provocação do atacante Pablo apos o título paranaense do Athletico: "Tem clubes que caíram para a segunda divisão no ano de seu centenário e a gente já conseguiu um título no começo da temporada" pic.twitter.com/QnGsoefgFP
— Pedro Melo 🎙️ (@pedrohmelo_) April 6, 2024
O bom momento seguiu no início do Campeonato Brasileiro e o Athletico chegou a ser líder por três rodadas (1ª, 5ª e 6ª). No entanto, a situação mudou com três empates seguidos contra Flamengo, Botafogo e Corinthians. A equipe levou gol nos acréscimos do segundo tempo em todos.
Após o empate com o Corinthians, Cuca se reuniu com os jogadores e disse que estava de saída. Após a entrevista coletiva, o técnico sinalizou para membros da torcida organizada que não ficaria. A relação terminou após 23 partidas, com 14 vitórias, quatro empates e cinco derrotas.
APOSTA EM MARTÍN VARINI

Sem Cuca, o Athletico ficou quatro jogos com o auxiliar Juca Antonello de interino, com campanha de duas vitórias e duas derrotas. Na sequência, o Rubro-Negro anunciou a contratação do uruguaio Martín Varini, ex-auxiliar do Cruzeiro e que estava no Defensor, do Uruguai.
Varini ficou 19 partidas no Furacão, com nove vitórias, seis derrotas e quatro empates. O treinador teve até um bom aproveitamento em competições de mata-mata, mas foi mal no Brasileirão. Ele ganhou somente uma das nove partidas e deixou o clube com apenas três pontos de vantagem para a zona de rebaixamento.
Além disso, na janela de transferências do meio do ano, o Rubro-Negro contratou apenas dois jogadores: zagueiro Marcos Victor, fora dos planos do Bahia, e volante Bruno Praxedes, pouco aproveitado no Vasco.
APOSTA FRACASSADA EM LUCHO GONZÁLEZ

Depois da demissão de Martín Varini, o Athletico contratou o argentino Lucho González, com pouca experiência de técnico, mas com passagem vitoriosa no fim da carreira de jogador. Uma das primeiras ações do treinador foi a volta de Nikão ao elenco.
Com Lucho no comando, o Rubro-Negro teve apenas três vitórias, dois empates e nove derrotas. O desempenho ruim resultou no vexatório rebaixamento para a Série B no ano do centenário.
Logo após a queda, o Athletico iniciou toda reformulação no departamento e demitiu Lucho González, o diretor técnico Paulo Autuori e o gestor Paulo Miranda. Outros nomes, entre eles Juca Antonello, também deixaram o clube.
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