Reunião do G20 movimenta economia em Foz do Iguaçu
Expectativa é que a agenda do G20 em Foz do Iguaçu gere em média R$ 7,5 milhões na economia da cidade na próxima semana.
A cidade de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, recebe a partir de segunda-feira (30) a reunião ministerial do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20. O encontro, que acontece simultaneamente à 15ª edição da Clean Energy Ministerial (CEM) e à 9ª edição da Mission Innovation (MI), deve atrair mais de mil pessoas do Brasil e de outros países, e movimentar a economia do município.
O encontro do G20, bloco que reúne as 20 maiores economias do planeta, é organizado pelos ministérios de Minas e Energia (MME) e de Relações Exteriores (MRE), com apoio da Itaipu Binacional, que trouxe a reunião para Foz do Iguaçu, a única cidade não capital a sediar o encontro do G20.
Segundo a diretora-executiva do Visit Iguassu, Elaine Tenerello, a expectativa é que a realização da agenda do G20 em Foz do Iguaçu gere em média R$ 7,5 milhões na economia da cidade, com um impacto direto e indireto em 54 setores econômicos, criando empregos e distribuindo renda.
Entre os setores beneficiados estão os de hotelaria, gastronomia, transporte, comércio, serviços de eventos, shows artísticos e culturais, guias de turismo, entre vários outros.
Para a executiva, o evento vai promover uma exposição mundial das potencialidades técnicas, científicas e estruturantes do Destino Iguaçu, transmitindo segurança à realização de outros eventos.
“A agenda do G20 em Foz do Iguaçu é uma grande oportunidade de mostrar ao mundo a relevância do Destino nas pautas de interesse mundial, além de oportunizar o reconhecimento como um importante, estruturado e qualificado destino de eventos mundiais”, destaca Elaine.
A rede hoteleira da cidade conta com cerca de 170 hotéis e pousadas, mais de 28 mil leitos e 30 espaços para eventos. De acordo com o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindhotéis), Camilo Rorato, a realização do encontro traz impacto positivo para o setor hoteleiro.
“Eventos internacionais trazem um grande fluxo de visitantes, o que beneficia não apenas os hotéis, mas também uma série de setores locais, como restaurantes, comércio e turismo”, comenta Rorato, reforçando a necessidade de uma infraestrutura bem-preparada e serviços de alta qualidade para atender as demandas dos participantes e visitantes.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu (Acifi), Danilo Vendrusculo, destaca a visibilidade que Foz do Iguaçu vai receber devido ao fato de ser a única não capital a promover o encontro.
“Receber a representação e a governança das vinte principais economias mundiais nos aproxima de discussões que têm repercussão internacional, mas que também poderão dialogar com as agendas que trabalhamos na região trinacional, voltadas para o desenvolvimento integrado de nossas cidades e países”, afirma.
Encontro do G20 em Foz do Iguaçu
O G20 é o principal fórum de cooperação econômica internacional e desempenha um papel importante na definição e no reforço da arquitetura e da governança mundiais em todas as grandes questões econômicas. Ele conta com presidências rotativas anuais. O Brasil exerce a presidência de 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024.
O grupo é formado por 19 países (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia) e dois órgãos regionais: a União Africana e a União Europeia.
Em Foz do Iguaçu, a reunião será focada na questão da transição energética, uma das bandeiras da presidência do Brasil no fórum. A Itaipu Binacional, como uma das referências mundiais no tema, fará parte dos debates deste evento.
Já os encontros da Clean Energy Ministerial (CEM) e da Mission Innovation (MI) combinarão reuniões ministeriais fechadas e abertas, sessões plenárias, painéis, diálogos e visitas técnicas. O objetivo é discutir ações concretas para tornar a energia limpa acessível e acelerar as transições energéticas.
A CEM e a MI são coalizões globais que reúnem governos, empresas e instituições de pesquisa com o objetivo de acelerar a inovação e a implantação de tecnologias de energia limpa em todo o mundo. Enquanto a CEM se concentra em políticas públicas e ações concretas para facilitar a transição energética, a MI foca em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias limpas.
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