Economia
Batata, cebola e tomate puxam queda no preço de alimentos e bebidas no Paraná
Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

Batata, cebola e tomate puxam queda no preço de alimentos e bebidas no Paraná

Já o preço da banana-caturra disparou e apresentou uma alta de 23,97% em agosto

paranaportal - segunda-feira, 9 de setembro de 2024 - 14:48

Os preços de alimentos e bebidas no Paraná apresentaram redução de preço no mês de agosto com uma queda de  -0,60% do Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR-Alimentos e Bebidas). Em julho, o estado já havia registrado -1,29%. Duas quedas consecutivas não eram observadas desde julho de 2023. 

Dos seis municípios que compõem o índice, cinco apresentaram retração nos preços, com destaque para Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Veja: 

  • Ponta Grossa (1,10%)
  • Cascavel, no oeste, (0,99%)
  • Curitiba, capital, (0,67%) 
  • Londrina, no norte, (0,65%) 
  • Maringá, no noroeste, (0,21%) 

Somente Foz do Iguaçu, no oeste, teve aumento de 0,01% nos preços de alimentos e bebidas.

De acordo com o Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), as principais reduções de preços foram observadas em batata-inglesa (24,49%), cebola (19,51), e tomate (15,56%), que podem ser explicadas por fatores relacionados à produção desses alimentos.

“Constatamos decréscimos atrelados à maturação no ciclo da produção de tomate, um pouco mais adiantada, uma normalização na colheita da batata e também uma produção satisfatória no caso da cebola. Tudo isso possibilitou uma maior oferta desses produtos ao consumidor interno”, explica o diretor de Estatística do Ipardes, Marcelo Antonio.

Em relação a batata-inglesa, o maior decréscimo foi observado em Cascavel (-25,88%), seguido de Maringá (-25,53%), Curitiba (-24,71%), Londrina ( -24,15%), Foz do Iguaçu (-23,95%) e Ponta Grossa (-22,65%).

Entre os produtos que apresentaram o maior aumento de preço estão a:

  • banana-caturra  (23,97%)
  • coxa e sobrecoxa de frango (9,23%)
  • pernil suíno (5,65%)

Dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, mostram que as altas estão ligadas a baixas ofertas, aquecimentos na demanda interna e elevação dos custos da nutrição de animais.

“A queda da produção de banana é algo sazonal, pois trata-se de um período marcado por essa redução. Nas carnes, observamos aquecimento na demanda interna, tanto por corte de suíno, como por cortes de aves, além da elevação no custo da proteína usada na nutrição desses animais”, completa Antonio. 

A alta da banana-caturra foi mais expressiva em Ponta Grossa, com 32,69%; seguida por Curitiba, 30,91%; Londrina, 23,56%; Maringá, 23,07%; Cascavel, 18,76% e Foz do Iguaçu, 15,72%.

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Alimentos e bebidas no Paraná em 12 meses 

Nos últimos 12 meses o IPR apresentou, no Paraná, alta acumulada de 7,40%. Em termos regionais, entre setembro de 2023 a agosto de 2024, o índice aumentou 9,35% em Foz do Iguaçu; 8,38% em Cascavel; 7,79% em Londrina; 7,55% em Ponta Grossa; 7,28% em Maringá e de 4,08% em Curitiba.

Também pelo indicados dos últimos 12 meses, as principais altas acumuladas ocorreram em laranja-pera (75,85%), batata-inglesa (54,45%) e alho (38,08%). O maior aumento da laranja-pera foi em Cascavel, 84,12%, acompanhado por Londrina, 83,95%, Curitiba, 75,33%, Foz do Iguaçu, 74,36%, Maringá, 69,12% e Ponta Grossa, 68,89%.

Em contrapartida, as quedas mais relevantes nesses últimos 12 meses foram observadas em tomate (-25,58%), margarina (-10,94%) e ovo de galinha (-7,91%). No caso do tomate, a maior queda ocorreu em Curitiba (-34,04%) seguida de Maringá (-30,29%), Cascavel (-27,19%), Ponta Grossa (-24,50%), Londrina (-22,03%) e Foz do Iguaçu (-13,83%).

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