Pimentel terá que ter luz e coragem para não conviver com o jogo do clientelismo
Menino que virou homem é eleito, efetivamente, prefeito da capital. Terá de lidar com armadilhas forjadas por interesses de grupos e políticos profissionais.
Curitiba, 27 de outubro de 2024. Eduardo Pimentel, um menino que virou homem é eleito, efetivamente, prefeito da capital paranaense, numa disputa que fez acordar do sono da descrença, da tendência do imobilismo, milhares de eleitores.
Aos 40 anos, casado, pais de três filhos, o jovem Pimentel terá grandes desafios nos próximos quatro anos e o maior deles, observado neste embate eleitoral, é conviver com o jogo do clientelismo, com o dia a dia das armadilhas forjadas por interesses de grupos ou de políticos profissionais.
Este farol, sinal de perigo, foi colocado à sua frente nas discussões democráticas de como gerir os destinos de uma cidade como Curitiba, o principal cartório eleitoral do Paraná. Está, também, nas mãos de Pimentel, o equilíbrio político para a continuidade de seu grupo nas eleições de 2026 que vão suceder ao governador Ratinho Junior. Dos adversários nada se espera a não ser a tentativa frequente de impedir que o projeto político anunciado se viabilize.
Seu extenso conhecimento de gestão pública terá que ser usado com equilíbrio e sabedoria. Curitiba deve ser pensada por mentes lúcidas, dispostas a construir uma nova realidade baseada em ideias, conceitos, projetos e propostas. Como mostrou o pleito, Curitiba não admite aventureiros ou pessoas mal-intencionadas.
Como ensinava Platão: “a política — a arte de conduzir os destinos de uma cidade — exige que seus líderes sejam competentes e preparados para a mais importante tarefa: orientar os cidadãos rumo à plena felicidade. Para ele, o governante ideal deveria ser um sábio capaz de distinguir a verdade da mentira, o belo do feio, o bom do mau, o justo do injusto”.
Boa gestão, senhor prefeito.