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Para Cristina, Curitiba virou o penico do mundo ou a Geni
Foto: Albari Rosa/Arquivo AEN

Para Cristina, Curitiba virou o penico do mundo ou a Geni

A jornalista de extrema-direita aposta no discurso de ódio e critica tudo, sem ter nada melhor para propor

Pedro Ribeiro - quarta-feira, 16 de outubro de 2024 - 14:43

Se a jornalista Cristina Graeml não fosse tão arrogante e prepotente, até teria chances de vencer as eleições à Prefeitura de Curitiba. Governar, no entanto, é outra coisa. De onde vem esse radicalismo de extrema-direita que dissemina o ódio ao ponto de colocar Curitiba, a cidade que ela nasceu e vive, como se fosse o penico do mundo, ou a Geni, personagem de música de Chico Buarque, onde nada presta? 

A resposta está no dogmatismo que tomou conta do país a partir de 2018, quando Jair Bolsonaro se elegeu presidente da República. Não deu conta do recado, fez um péssimo governo, marcado por confusões, lambanças familiares e ódio, o que o levou a perder a eleição em 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva.

Cristina, a exemplo de Nikolas Ferreira, Pablo Marçal, Malafaia e outros, surfaram na onda do capitão e viram, nele, uma forma de se aventurarem na política. A jornalista Joice Hasselmann também entrou nesse embalo e acabou no ostracismo. Cristina, se não for vitoriosa no segundo turno, terá a chance de se candidatar à deputada federal, pois usou a mídia e teria credenciais para ser mais um entre os 550 parlamentares do Congresso Nacional.

O que assustou, em Curitiba, foi o rápido crescimento da jornalista, que saiu de três por cento e acabou indo para o segundo turno para disputar com Eduardo Pimentel. Com uma forte campanha nas redes sociais pautada na desconstrução da cidade e no que chama de velhos políticos, a população, em estado de alerta com a política e os políticos, acabou absorvendo essa campanha.

A primeira derrota da candidata aconteceu no debate de segunda-feira, 14, na Band Curitiba, onde Eduardo Pimentel optou por questionar seu plano de governo, sugerindo que teria sido feito pela Inteligência Artificial e com severas críticas contra seu vice, acusado de estelionato. A candidata acabou mostrando nervosismo, apesar de dominar bancadas de entrevistas e debates e, por várias vezes, se irritou com o adversário.

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