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Os gargalos e caminhos futuros para o Paraná nos negócios internacionais
Foto: Divulgação

Os gargalos e caminhos futuros para o Paraná nos negócios internacionais

O Paraná se posiciona como um dos principais estados brasileiros com potencial para conquistar os mercados globais

Pedro Ribeiro - sexta-feira, 13 de setembro de 2024 - 11:30

O Estado do Paraná foi o centro de um longo debate sobre projetos que venham a explorar as vantagens competitivas para investimentos. Foram mais de 1.500 participantes, a maioria empresários, interessados em ampliar seus negócios internacionais. O palco do encontro foi a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) que patrocinou o evento junto com o World Trade Center (WTC) Curitiba.

Produção de alimentos e a maior reserva mundial de água fazem do Brasil uma das principais potências para crescer nos mercados globais, desde que haja projetos estruturados para alavancar negócios, observou o economista Marcos Troyjo, ex-presidente do Banco dos Brics. Isto já abre um leque de oportunidades para a realização de parcerias e negócios internacionais.

Para o diretor da Fiep, Paulo Pupo, o conteúdo apresentado no seminário resultou em um grande painel de análises e tendências que contribuem para que o setor privado e as autoridades entendam e planejem o futuro. Daniella Abreu, presidente do WTC Curitiba, reforçou que a programação do Seminário de Negócios Internacionais do Paraná (SNIP) cumpriu exemplarmente sua proposta de democratizar o tema das relações internacionais, apontando caminhos e desmistificando a exploração do mercado externo.

No espaço do Hall das Nações, empresários e executivos foram recebidos e trocaram informações com representantes do corpo consular paranaense, especialmente da Argentina, Bangladesh, Finlândia, Itália, Japão, Luxemburgo, Paraguai, Polônia, Portugal e República Dominicana.

Em um cenário internacional marcado por incertezas e novas demandas, o Paraná se posiciona como um dos principais estados brasileiros com potencial para conquistar os mercados globais. O professor Marcos Troyjo, especialista em economia global, destacou as principais vantagens competitivas que impulsionam a internacionalização das empresas paranaenses.

“Em primeiro lugar, existe uma grande insegurança alimentar no mundo, não apenas por conta das guerras na Ucrânia, no Oriente Médio, mas também pela demanda crescente por alimentos vinda de países como a Índia e a China, de grande contingente populacional e acelerado crescimento econômico”, apontou, destacando que o Brasil também pontifica na transição para uma economia mais sustentável e de baixo carbono. “Energia fotovoltaica, energia do vento, biocombustíveis. Num mundo em que há tanta insegurança energética, o Brasil aparece como um jogador que tem essa multi-matriz, um diferencial importante para atrair investimento estrangeiro.”

Paraná 2040

O gerente de Relações Internacionais da Fiep, Higor de Menezes, apresentou a plataforma das rotas estratégicas para o futuro dos negócios internacionais paranaenses em 2040. As rotas têm o propósito de apontar meios para ampliar ainda mais suas relações comerciais com outros países. Este projeto é uma iniciativa do Sistema Fiep e foi desenvolvido pelo Observatório Sistema Fiep em cooperação com a Gerência de Relações Internacionais e o ecossistema de internacionalização.

Logística e operações financeiras

A sessão sobre operações financeiras internacionais ofereceu uma visão profunda e estratégica sobre os desafios e oportunidades do setor financeiro global. Mediado por Daniella Abreu, o painel contou com a participação de dois especialistas de destaque: o CEO da EQI Investimentos, Juliano Custodio, e o Global Head of Loan Syndication & Sales do BTG Pactual, Ernesto Meyer. O painel proporcionou aos participantes uma compreensão mais aprofundada das finanças internacionais e das ferramentas necessárias para navegar nesse cenário em constante evolução.

Mediado pelo superintendente da Fiep, João Arthur Mohr, o diretor de Logística da Volvo Group, Henrique Cunha, o diretor-presidente dos Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia da Silva, e o chefe do Departamento Internacional dos Correios, Nailton Alves de Oliveira, debateram sobre planejamento e operação logística internacional. A conversa foi marcada pela troca de experiências e perspectivas sobre a complexidade do planejamento e da operação logística internacional. O painel ressaltou a importância da colaboração entre os setores público e privado para superar os desafios e criar novas oportunidades.

Liderança feminina

A CEO da Gazit Brasil, Mia Stark, e a Head Global Customer Services do PayPal, Ana Paula Kagueyama, compartilharam experiências e desafios da carreira abordando temas como liderança feminina, inovação no ambiente corporativo e a importância de abrir ainda mais espaços para mulheres no mercado global. O painel mediado pela presidente do WTC Woman, Virginia Peluffo, foi uma representação de resiliência das mulheres no mundo dos negócios para inspirar a próxima geração de líderes femininas a romper barreiras e alcançar novos patamares no cenário de negócios.

Rodada de negócios

A diretora da Fiep, Elizabete Ardigo, abriu oficialmente a 1ª Rodada Internacional de Negócios voltada para o setor de vestuário. O evento inédito durante o SNIP proporciona uma oportunidade única para as empresas paranaenses se conectarem diretamente com compradores paraguaios, explorando novas possibilidades de mercado. Participaram da cerimônia a embaixadora cônsul-geral do Paraguai, Maria Amarilla, o coordenador de Mercado do Sebrae/PR, Luiz Antonio Rolim, e a presidente do WTC Curitiba,

Daniella Abreu

A advogada Sandra Comodaro, que participou como mediadora de painel, pontuou que “fomentar negócios internacionais é uma das grandes missões do World Trade Center World Trade Centers Association – Trade Services. Fazer parte do Conselho estratégico da entidade para o Sul do Brasil é sempre uma alegria. Fui convidada pela Presidente do WTC do Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina), Brasília e Sinop Daniella Abreu, PhD, CEng para moderar um painel no 4o. Seminário Internacional na sede da Sistema Fiep em Curitiba sobre tecnologia no agronegócio e fiquei encantada com o alto nível dos participantes e esperançosa com a possibilidade de novos negócios internacionais”, disse.

Ao todo, 24 empresas do Estado participam de encontros com compradores paraguaios, em que podem apresentar seus produtos de maneira personalizada e eficaz. Elizabete, que também atua como coordenadora do Conselho Setorial da Indústria do Vestuário e Têxtil da Fiep, destacou a importância deste momento. “Este encontro é uma oportunidade única para ampliarmos a diversidade das exportações brasileiras para o Paraguai, e o nosso objetivo hoje é claro: gerar negócios e fortalecer laços comerciais,” declara.

*Com assessoria do WTC e Fiep

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