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O peso inesperado e indesejado de uma âncora
Foto: Lula Marques/Agência PT

O peso inesperado e indesejado de uma âncora

A pesquisa indica que 55,50% dos entrevistados votaria no candidato Adriano Ramos (Republicanos), na sequência, André Pioli (PSD) com 26%.

Pedro Ribeiro - quarta-feira, 2 de outubro de 2024 - 13:35

Por Alceo Rizzi – Um aspecto que mais chama a atenção e que de certa forma chega a impressionar nessa eleição para prefeito de Curitiba, desconsideradas expressões de aberrações patéticas de distúrbios cognitivos como o da jornalista candidata, é o efeito devastador que o ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato causou na campanha do candidato Ney Leprevost, a quem indicou sua mulher para compor a chapa como vice. Antes aclamado e incensado como xerife da moralidade ( sem trocadilho, ainda que pudesse haver pertinência) e do combate à corrupção que alcançou, o ex-juiz e ex-ministro parece ter de fato servido como âncora para a candidatura de Leprevost, que praticamente estacionou onde estava desde o início da campanha e mesmo com sinais de desidratação.

Decepção para quem imaginava que a adesão do ex-juiz alavancaria de vez sua candidatura para levá-lo à disputa do segundo turno da eleição. Ao contrário, parece ter sido premiado com um aliado que, hoje, serve mais  como um peso morto do que instrumento para crescimento de sua candidatura, um encosto a essa altura talvez mal desejado. Depois de todas as denúncias de abusos que tenha cometido na condução da operação Lava Jato, juntamente com acusações que também pesam contra o ex-procurador da República, Deltan  Dalagnol, o ex-juiz, para muitos dos eleitores conservadores de Curitiba, se tornou personagem controverso, principalmente após saída do governo do equilibrado ex-presidente, a quem saiu atirando e depois se reconciliando na campanha dele para se manter  o cargo.

Visto por muitos como de comportamento desleal. Não é à toa, portanto, que muitos desses eleitores estejam inclinados a outras candidaturas, dentre elas a da jornalista de neurônios febris e cognição doentia, a ponto dela considerar o candidato oficial como sendo comunista, mesmo tendo ele apoio de seu guia, o ex-presidente inelegível. Não chegamos a tanto, neste caso específico dessa candidatura, mas passa levemente a lembrar aquela que houve no passado, nos anos 80, de uma candidata de partido chamado humanista que em horário eleitoral gratuito na TV reclamou dos comentários maldosos que dizia estar sofrendo, também pela qualidade de sua linha de raciocínio sobre as coisas. “aqueles que me metem o pau pelas costas que tenham a coragem de meter o pau pela frente”. (Alceo Rizzi é jornalista e colunista no Paraná Portal)

Pesquisa aponta Adriano Ramos com 55,5% em Paranaguá

Adriano Ramos, candidato a prefeito de Paranaguá

Pesquisa divulgada nesta terça-feira (01) pela TVCI à Prefeitura de Paranaguá, aponta o candidato Adriano Ramos em primeiro com 55,5% das intenções de votos. O levantamento foi encomendado pela emissora e realizado pelo IRG Pesquisas. Foram ouvidas 500 pessoas, entre os dias 27 e 29 de setembro. A margem de erro é de 4,4% para mais ou para menos e o nível de confiança da pesquisa é de 95%. O relatório está registrado na Justiça Eleitoral sob o número PR-04257/2024. Na pergunta estimulada, onde são apresentados os nomes dos candidatos à prefeitura de Paranaguá seguido da pergunta: “Se as eleições para prefeito de Paranaguá fosse hoje, sendo esses os candidatos, em quem você votaria?”, a pesquisa indica que 55,50% dos entrevistados votaria no candidato Adriano Ramos (Republicanos), na sequência, André Pioli (PSD) com 26%,  5,5%  dos entrevistados votariam em branco, nulo ou nenhum dos candidatos, 5% não sabem ou não responderam a pergunta, o candidato Galo (PT) teve 4% das intenções de votos,  Roselaine Barroso (PL) ficou com 1,5% , já o candidato Renato da Auto Escola Emanuel teve 1,5% dos votos e 1% disse votar do Magin (PTD).

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