Martins, tiro no pé; Marçal picareta; e o entrevero entre Ney e Pimentel
Veja também Vascão e outros contos é uma coletânea de cinco histórias que descrevem situações cotidianas e memórias do autor, o jornalista e professor, Jorge Bernardi.
Dá para entender, agora, os motivos do candidato à Prefeitura de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), esconder seu vice, o bolsonarista Paulo Martins (PL) da campanha em rádio e TV. Ao mesmo tempo em que hostilizava o presidente Lula, durante manifestação em São Paulo, Martins deveria, pelo menos, como político ou homem público, saber que Lula é o Presidente da República e que Curitiba precisa do Governo Federal para tocar seus projetos. E que, muitos empresários curitibanos que votaram em Lula, poderiam, agora, apoiarem Pimentel e Greca. Um baita tiro no pé apenas para mostrar solidariedade ao seu capitão. Na mesma manifestação contra Lula e Alexandre de Moraes, o fanfarrão, Pablo Marçal, outra cria de Bolsonaro, foi impedido de subir no palanque e ainda recebeu duras críticas do ex-presidente que o chamou de picareta.
Bateu, levou, a política de Ney
Na eleição, o candidato do União Brasil, Ney Leprevost, adotou a política do bateu-levou. E foi para cima de Eduardo Pimentel (PDS) que classificou como “pegadinha” a proposta de Ney para a segurança pública. Ao dar o troco, o candidato do União Brasil chamou Pimentel de “despreparado”, fazendo um trocadilho com o slogan do adversário.
Tudo pela Guarda Municipal
A briga entre os dois foi provocada pela afirmação de Ney que usará a Guarda Municipal para revistar suspeitos. Eduardo afirmou que essa prática só poderia ser feia pela Polícia Militar e também questionou o poder de um prefeito criar a Polícia Municipal. E Ney fez um post, tendo uma manchete de jornal em que o STF considera legítimo a abordagem e revista pela Guarda Municipal. “O despreparado diz que não pode. O ministro (Edson) Fachin e eu dizemos que pode. Goste o candidato da máquina ou não, eu vou criar a Polícia da Cidade”, afirmou.
Vascão e outros contos
Vascão e outros contos é uma coletânea de cinco histórias que descrevem situações cotidianas e memórias do autor, o jornalista e professor, Jorge Bernardi.
O conto, que dá título a antologia, relata a paixão de um jovem do interior de Santa Catarina pelo Vasco da Gama. Ele tatuou o símbolo de seu time na perna e empreendeu uma viagem tresloucada, de mais de 3 mil km, para assistir a disputa do título nacional de futebol.
O outro conto, “O nome dela” é a memória de um homem de meia idade que retorna a sua cidade natal e se lembra de uma namorada, que teve na juventude e que poderia ter mudado a sua vida. Por mais que se esforce não consegue lembrar do nome da mulher.
“O Engrarexe”, relata a aventura de um adolescente no seu primeiro dia de trabalho como engraxate. A dificuldade para encontrar um cliente e a surpresa pela sorte de principiante no fim da jornada. Nele o adolescente dialoga em hervalês ou larfiagem durante a narrativa.
No conto “O Mito” o personagem se dirige a uma festa de aniversário e é alertado pela esposa para não falar de política. O dono da casa está fanatizado por um líder mentiroso e embusteiro e brigou com toda a família por causa dele a quem ele chama de Mito.
O último conto “A Groenlândia é nossa”, o protagonista está numa data futura relatando ao delegado de polícia como se envolveu nos atentados a democracia brasileira em 08 de janeiro de 2023. Ele relata como eram elaboradas as fake news para desmoralizar os adversários e enganar a imprensa e a opinião pública.