Licenças ambientais, mais um tema ácido no colo da Alep
Projeto do governador Ratinho Junior que flexibiliza licenciamentos ambientais tramita em regime de urgência.
Esta semana será intensa na Assembleia Legislativa que deverá votar – já está na ordem do dia – projeto de lei do governador Ratinho Junior que retira poder do Conselho Estadual do Meio Ambiente, o Cema. O governo entende que é necessário dar agilidade às concessões de licenças ambientais, ao contrário do que pensa a oposição no legislativo. O projeto tramita em regime de urgência.
Para o deputado Arilson Chiorato (PT), presidente da Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa, proponente da audiência, ao retirar atribuições do Cema, o PL 662/2024 está retirando da sociedade o poder de fiscalização das políticas ambientais no estado. Segundo o parlamentar, “Este Projeto de Lei usurpa competências, é ilegal e inconstitucional, e é uma agressão ao meio ambiente”, disse.
Não é apenas a oposição na Alep que critica o PL que flexibiliza o licenciamento ambiental no Paraná. A proposta tem recebido críticas de entidades ligadas ao meio ambiente.
Em sua justificativa, o Executivo estadual pondera que é preciso dar ao empreendedor um processo ágil e seguro, principalmente em relação à segurança jurídica e infraestrutura.
De acordo com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Sustentável, o IAT (Instituto Água e Terra), que já atua na concessão das licenças ambientais, ficará a responsabilidade de fazer as novas instruções normativas, a partir da aprovação do projeto de lei.
Atualmente, cabe ao Conselho Estadual do Meio Ambiente fazer regramentos do tipo. A principal norma em vigor hoje no Paraná, que trata de licenciamento ambiental, é justamente uma resolução de 2020 do Cema.