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A briga pelas maiores cidades do Estado e a sucessão ao Palácio Iguaçu
Foto: Pedro Ribas/AEN

A briga pelas maiores cidades do Estado e a sucessão ao Palácio Iguaçu

Um quebra-cabeça é montado na política paranaense para alçar Ratinho Junior na disputa à Presidência da República.

Pedro Ribeiro - segunda-feira, 30 de setembro de 2024 - 09:55

A entrada do apresentador Carlos Massa (Ratão) na campanha de Eduardo Pimentel à Prefeitura de Curitiba, o reforço em Londrina para Thiago Amaral, Renato Silva, em Cascavel, e Marcelo Rangel, em Ponta Grossa, deixa clara a intenção do Palácio Iguaçu em se fortalecer nas principais cidades com objetivo de fazer a sucessão ao Executivo e pavimentar o caminho do governador Ratinho Junior à Presidência da República em 2026.

Neste quebra-cabeça, também coloca peças, o deputado federal, Ricardo Barros, que tenta alavancar sua Filha, Maria Victória, na capital, Paulo Mac Donald’s, em Foz do Iguaçu, Mabel Canto, em Ponta Grossa e Marcio Pacheco, em Cascavel, já que, em Maringá, seu irmão, Silvio Barros, pode levar no primeiro turno.

Quem sonhava (e sonha) com o Palácio Iguaçu e deverá perder nas principais cidades, é o senador Sergio Moro (UB), embora acredite que Ney Leprevost vá para o segundo turno.

As eleições municipais são termômetro para a sucessão ao Palácio Iguaçu, com Rafael Greca, Alexandre Curi, Ricardo Barros, Sergio Moro e Ênio Verri.

Ratinho Junior (PSD) já tem posição formada em relação ao Palácio do Planalto e o seu partido, liderado por Gilberto Kassab. A vinda de Cleber Matta, ex-secretário de João Dória, em São Paulo, foi intencionar e o objetivo é levar o nome do governador paranaense ao Norte e Nordeste do País.

O advogado Luiz Carlos Rocha, estudioso de política, acredita que Ratinho Junior vá sair à Presidência da República, o que está correto, porque ganhará notoriedade e poderá ser uma alternativa jovem para o futuro do Brasil.

Polarização Política

Nos últimos anos, o Brasil passou por uma crescente polarização política, na qual Lula se tornou um símbolo da esquerda, enquanto a extrema-direita emergiu como uma reação a isso. A eleição de Jair Bolsonaro, por exemplo, foi em grande parte uma resposta ao desgaste do PT.

Para muitos da extrema-direita, Lula representa um retorno ao que consideram ser um período de má administração. Aliam grande parte do staff de Lula ao comunismo como como forma de enfrentar a esquerda.

Luiz Carlos Rocha cita exemplos nas eleições para a Prefeitura de Curitiba, onde dois extremistas, em lados opostos, deixam de apresentar seus planos de governo para a capital e passam a difamar o presidente Lula: Paulo Martins e Cristina Graeml.

Ligado ao presidente Lula, Rocha acha difícil o inelegível Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas se candidatarem no próximo pleito. Na sua visão, se o presidente Lula conseguir, efetivamente, diminuir a pobreza, a fome e fazer crescer a economia, como está acontecendo, será imbatível nas próximas eleições. Para ele, Ratinho Junior e Bolsonaro deverão estar no mesmo palanque.

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