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Ratinho Junior mantém viva a identidade do homem do interior
Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

Ratinho Junior mantém viva a identidade do homem do interior

Frio do “djanho” e saco vazio não para em pé. A linguagem de Ratinho Junior que não abandonou as raízes do interior.

Pedro Ribeiro - quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025 - 11:30

No início de seu primeiro governo, o jovem Carlos Massa Ratinho Junior proferiu uma frase típica de quem fala com espontaneidade, expressando-se de maneira autêntica, com o sotaque e a simplicidade do interior: “Que frio do Djanho…”. A declaração teve um duplo impacto — primeiro, por sua simplicidade; segundo, por desafiar as formalidades que muitos esperam de um governante.

Nesta semana, Ratinho Junior voltou a recorrer à linguagem de suas origens, em Jandaia do Sul, terra cercada por cafezais e colonizada por imigrantes italianos, mineiros e paulistas. Durante uma refeição servida no bandejão, ele se expressou como um típico homem do campo, comparando-se a um soldado faminto após um dia exaustivo: “Me pegaram no flagra, de novo! Mas, tudo bem! Enchendo o bucho mesmo, porque saco vazio não para em pé”.

Ratinho Junior mantém a simplicidade de quem provavelmente passou a infância com um estilingue no pescoço e bolinhas de gude no bolso. Apesar da formação universitária e da experiência no Congresso Nacional, sua fala continua carregada do orgulho de ser paranaense: “Aow, Paranazão…”. No entanto, essa autenticidade não o impede de ser um governante sagaz, como defendeu Platão em A República: a verdadeira liderança vem da sabedoria.

Com discursos e palestras pelo Brasil e pelo mundo, Ratinho Junior tem demonstrado a competência necessária para comandar um estado e, quem sabe, uma nação. Para ele, o segredo da boa governança é simples: planejamento, honestidade e trabalho.

Essa maneira espontânea de se comunicar não é à toa. Ele cresceu ouvindo seu pai, Carlos Massa, o apresentador Ratinho, utilizar a mesma linguagem popular em seu programa no SBT e nas conversas entre amigos em sítios e fazendas. O governador parece ter absorvido a essência dos livros de quadrinhos do Jeca Tatu. E assim como seu pai construiu uma trajetória de sucesso sem perder as raízes, Ratinho Junior também segue esse caminho, mantendo viva a identidade do homem do interior.

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