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Cristina Graeml é candidata fake em busca da direita em Curitiba

Cristina Graeml é candidata fake em busca da direita em Curitiba

Cristina Graeml volta-se ao dogmatismo obscurantista, aliado ao pragmatismo da violência e da criminalização dos agentes públicos, resultados do triste momento em que vivemos

Pedro Ribeiro - domingo, 29 de setembro de 2024 - 13:18

Na selvageria que se tornou a política, onde se acostumou com as sombras meias verdades, engodos e mentiras, a candidata à prefeitura de Curitiba, Cristina Graeml (PMB), vive, hoje, também do oportunismo e do deslumbre, pouco se importando com a realidade dos fatos ou própria vida dos curitibanos.

Cristina Graeml volta-se ao dogmatismo obscurantista, aliado ao pragmatismo da violência e da criminalização dos agentes públicos, resultados do triste momento em que vivemos. O vale-tudo nas eleições nos alcança com suas próprias características e a candidata é o exemplo provincial mais exacerbado.

Seu desconhecimento ou conhecimento raso da capital paranaense é marcante, passando por um discurso oco que prega o ódio e fomenta a discórdia e o caos como se nada do que foi feito até agora prestasse. E olha que a candidata é egressa de uma escola pública. Dona absoluta de um moralismo seletivo, pois tem, ao seu lado, um vice acusado de estelionato, típico bandido de estimação, usa, sem pudor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como um joguete, brinquedo e bibelô.

Quando faz da sua campanha a busca ensandecida pelo apoio da extrema direita, o que vem polarizando a disputa eleitoral em Curitiba, a candidata esquece de seu passado recente quando, nos guarda-chuvas da Rede Globo, fez severas críticas contra o candidato e futuro presidente, Jair Bolsonaro, por suas posições radicais contra identidade de gênero.

A jornalista trabalhou por mais de duas décadas na emissora global que tem sua marca o compromisso com o lucro que desdenha da defesa da democracia, dos direitos iguais, pelo fim da pobreza e erradicação da fome. A candidata já defendeu Jean Wyllys, desafeto de Bolsonaro, que fugiu do país e afirmou e sustentou que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) é envolvido com milicianos.

Cristina Graeml também mente quando afirma que tem o apoio absoluto de Bolsonaro, quando o próprio ex-presidente grava vídeo em apoio a Eduardo Pimentel (PSD) na campanha a prefeito de Curitiba tendo, ao lado do amigo Paulo Martins, candidato a vice.

Como a candidata da moralização tem, na sua linha de frente, o vice Jairo Ferreira Filho, acusado por estelionato, apropriação indevida de dinheiro. Sua única defesa, neste caso, é que “não houve nenhuma condenação”, bem ao estilo do violento candidato Pablo Marçal (PRTB) a prefeito em São Paulo.

Cristina é condenada por ofensas

A candidata do PMB, enfrentou uma situação desconfortável. Por declarações feitas enquanto era comentarista, em 2022, ela e a rádio Jovem Pan foram condenadas a pagar R$ 34,2 mil ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, por tê-lo chamado de “bandido”.

A decisão foi proferida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que, além da indenização, determinou a remoção do vídeo com a declaração das redes sociais e do site da emissora.

O incidente ocorreu em 7 de outubro de 2022, durante uma transmissão ao vivo pela Jovem Pan no YouTube e na TV. Na ocasião, Cristina Graeml se referiu ao ministro Zanin de maneira ofensiva:
“Ganhou milhões do PT pra ficar visitando o Lula aqui em Curitiba na cadeia, fazendo companhia, bolando estratégias de defesa. O bandido. Sofrido, né? Coitadinho, apanhou tanto”, disse a comentarista.

Em sua defesa, Cristina alegou o direito à liberdade de expressão e argumentou que suas críticas se dirigiam às especulações sobre a composição do STF, caso o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva fosse eleito presidente.

No entanto, o relator do caso, desembargador José Carlos Ferreira Alves, rejeitou o recurso e afirmou que a palavra “bandido” não deveria ter sido usada para se referir ao ministro.

“Ao rotular um respeitado advogado de ‘bandido’, a requerida evidentemente extrapolou o regular exercício do direito de expressão e de informação, praticando ato ilícito na medida em que maculou, injustificada e desnecessariamente, a honra e a imagem do apelado, que inclusive foi sabatinado e aprovado pelo Senado Federal para tomar posse no Egrégio Supremo Tribunal Federal”, afirmou o desembargador.

Além da indenização, Cristina e a Jovem Pan foram condenadas a pagar as custas processuais e os honorários dos advogados de Zanin, totalizando R$ 34,2 mil, valor que já foi depositado.
Cristina Graeml, conhecida por suas opiniões fortes e críticas severas, foi demitida da Jovem Pan em novembro de 2022.

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