Começa a chocar novo ovo de serpente
Como o novo ovo da serpente e que a mídia, talvez, ainda não esteja se dando conta de estar assumindo parte da sua paternidade
Aos poucos vai se fortalecendo a impressão de uma talvez mais grave e expressiva exposição de estupidez ignorante, arrogante e perniciosa, comparada a toda ameaça já vivida pelo país em tempos recentes, de odiosa afronta a condição humana, que marcou o período de assombroso e assustador retrocesso civilizatório. Mais perigoso pelas características e a representação, mas agora versátil, de cognição e raciocínios rápidos, naquilo que surge como amedrontador novo ovo de serpente que está sendo chocado, talvez até em contribuição e repetição de mais um grave erro pela mídia. Como se deu no passado, com todo o desfecho que o País viveu durante quatro anos quando grande parcela da população, motivada em expressiva parte mais por repulsa que por opção, talvez, se tornou refém da desqualificação institucional, da agressividade instintiva, estúpida e belicosa, de um comando cuja representação viva parece ter sua gênese em algum elo perdido da evolução das espécies.
A exemplo do que aconteceu, também agora, em meio a circunstâncias outras associadas, como as janelas permissivas que o País criou em seu arcabouço institucional, político e partidário, talvez a grande mídia esteja repetindo o equívoco em tratar com certo deboche, quando não como objeto de desprezo e bizarrice o novo ovo de serpente, cujas consequências não se é difícil de imaginar. Tratar da mesma forma esse candidato do PRTB a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal e a ele dar espaço dentro do escopo das aberrações, bizarrices e outros adjetivos mais adequados que sejam, é lhe conferir espaço maior ainda que a fragilidade do País permite, favorecendo sua comunicação com as hordas de alucinados e ignorantes que, por déficit evolutivo, nele se veem representadas.
Durante quase três décadas o País tratou da mesma forma, com deboche, com pretensão subjetiva de estar expondo o que havia de mais deplorável no espectro político nacional, a abjeta figura de um deputado com perfil de baixa qualificação do baixo clero parlamentar, como alguém inofensivo. A quem jamais alguém gostaria de ter como vizinho ou do círculo de relacionamento, a não ser entre seus iguais do submundo humano, tornando-o, porém, no conhecido e trágico desaguadouro de um sentimento de repulsa ao que havia, com o País feito refém da mais nefasta destruição e desprezo à condição humana. E se alguém tem alguma dúvida, que se recorra à lembrança e ao exemplo de milhares de brasileiros mortos pela Covid, pela negação à vacina e à ciência.
Equívoco também se comparar ao passado recente este que surge agora no mesmo extremo do espectro de DNA, ainda que com todas as mesmas características e semelhante prontuário que marcaram o anterior no viés político. Desta vez parece estar representado por alguém que conseguiu permanecer nas bordas de parâmetros da teoria da evolução das espécies. Não se assemelha ao anterior no elo perdido daquilo que Darwin concebeu. Ainda que tenha, sim, toda a carga de instintos do mesmo ninho de serpentes e prontuário que se assemelha, é apenas mais inteligente, articulado, de raciocínio rápido, com discurso que obedece a alguma cognição, com maior empatia com seu público, articulado como um novo e moderno Tartufo. Como o novo ovo da serpente e que a mídia, talvez, ainda não esteja se dando conta de estar assumindo parte da sua paternidade.
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