Orquestra Uninter apresenta Primavera em Harmonia nesta terça-feira (24)
Neste mês, o grupo completa dois anos
Por: Nayara Rosolen | Toda terça-feira, às 19h, os 30 músicos que compõem a Orquestra Uninter se reúnem no auditório do campus Divina Providência da Uninter. Um teatro quase escondido na Rua do Rosário, região central de Curitiba (PR). O espaço que já fez parte do terreno de José Hauer e também recebeu as estudantes do Colégio Divina Providência, agora ganha vida com as notas das melodias emitidas pelos instrumentos da formação musical. A próxima apresentação da Orquestra Uninter será nesta terça-feira (24), com o tema “Primavera em Harmonia” e será realizada gratuitamente no Espaço Cultural Santa Maria, no Centro de Curitiba.
Em dois anos de história, completos neste mês, a orquestra de sopro duplicou o número de integrantes, mas em sua origem havia apenas dois músicos, professores coordenadores de pós-graduação da Uninter, que carregavam consigo apenas uma ideia e a vontade de fazer acontecer.
Origem da Orquestra da Uninter
A doutora em Música e regente da Orquestra Uninter, Valentina Daldegan, e o clarinetista Willian Sales se uniram para os momentos culturais de eventos do centro universitário, ainda no período de pandemia, quando as cerimônias aconteciam de forma virtual. Em meio ao desafio de realizarem tudo à distância, no vai-e-volta de arquivos, entre envios de MIDs (formato de arquivo de música), gravações e remixagens das músicas que eram apresentadas nas aberturas ou nos intervalos das apresentações, uma parceria foi construída e um sonho concebido.
“O que o professor acha de a gente montar um conjunto musical?”, a ideia foi lançada para o pró-reitor de Pós-graduação da Uninter, Nelson Castanheira, assim que as atividades presenciais foram retomadas. Castanheira lembra de ter escutado e respondido “Por que não uma Orquestra? Precisamos pensar grande, ‘fazer barulho’”, brincou. “O professor Castanheira é sensacional, sempre nos apoia em tudo e abraça a gente”, conta Willian. Por isso, a resposta final não poderia ser diferente: “Vai que eu dou suporte”, lembram os músicos.
Na sequência, uma conversa aconteceu com o reitor do centro universitário, Benhur Gaio, que não apenas apoiou o projeto, mas sugeriu propor uma parceria com a Fundação Wilson Picler (FWP). Dali, logo também veio a resposta positiva do presidente da FWP, Jorge Bernardi.
A ideia foi tomando corpo e ganhando fôlego a cada um que se juntava para fortalecer o projeto, como o atual pró-reitor de Graduação, Cursos Técnicos e Extensão, Rodrigo Berté, o presidente do conselho da TV Profissão, João Carlos Peters, o setor dos Estúdios, sob comando de Sérgio Demomi, e a própria Central de Notícias Uninter (CNU), coordenada pelo jornalista e professor Mauri König. “Todo mundo abraçou a ideia. Começamos do zero, não tínhamos nada”, relembra Valentina.
“Ter a Orquestra Uninter é um motivo de grande orgulho para todos nós. A relevância para a comunidade acadêmica é inegável. Além de promover a formação musical dos seus integrantes, o projeto contribui para a construção de um ambiente mais rico e completo, estimulando a criatividade, a colaboração e o desenvolvimento de habilidades sociais”, salienta Gaio.
Com apoio das autoridades e a parceria firmada com a Fundação, o primeiro edital para recrutamento dos integrantes foi aberto e, a princípio, contemplava apenas colaboradores e estudantes do grupo educacional. Eram três os principais requisitos: ter um instrumento, saber tocar e ter vontade e comprometimento para participar. Assim, foram selecionados os primeiros 15 músicos.
Como comenta Valentina, o grupo começou do zero e cada um dos instrumentistas levavam seus próprios equipamentos para os ensaios, mas alguns deles ainda nem existiam. Foi durante a transmissão do programa Negócios e Tendências de 2 de setembro de 2022, com a presença de Wilson Picler, que o chanceler da Uninter fez a doação de um piano. Até aquele momento, o mantenedor ainda não tinha conhecimento da semente do projeto que estava sendo semeada, ainda chamado de conjunto musical. Mas ali mesmo começou a nomeá-lo de Orquestra Uninter.
Alguns instrumentos de percussão que não estavam sendo utilizados, como um teclado, foram resgatados do acervo do Instituto IBGPEX. Mais recentemente, por intermédio de Peters, os músicos também conquistaram um aporte financeiro da Unimed, o que permitiu a aquisição de outros instrumentos, como a bateria e o glockenspiel (instrumento de percussão). Por meio deste patrocínio, foram adquiridas ainda as estantes de partituras, que antes os músicos precisavam levar em todos os ensaios. “Esses pequenos gestos mostram a grandiosidade da nossa Orquestra”, declara o pró-reitor Castanheira.
Como um “grande entusiasta”, Peters afirma que a Orquestra Uninter tem um impacto significativo na cultura e na sociedade, pois “é responsável por preservar obras clássicas, introduzir novas composições e proporcionar acesso à música orquestral para diversos públicos”. “Através da combinação de talento, técnica e paixão, os músicos são capazes de transmitir emoções e contar históricas através da música, cativando e inspirando o público em cada apresentação”, complementa o presidente do conselho da TV Profissão, afiliada da TV Cultura no Paraná.
Serviço
Quando: 24 de setembro, às 20h
Onde: Espaço Cultural Capela Santa Maria (Rua Conselheiro Laurindo, 273, Centro)
Ingressos GRATUITOS: na bilheteria do teatro, duas horas antes do concerto
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