MON renova exposição asiática e apresenta a arte contemporânea do continente
A coleção asiática é composta por 3 mil peças de arte e chegou ao museu em 2018
“Convivendo em harmonia com a impermanência”, com curadoria de Géraldine Lenain, é a nova edição da exposição “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses”, do Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, que estará em cartaz na Sala 5, a partir de 22 de novembro.
A coleção asiática do MON é composta por 3 mil peças de arte e chegou ao museu em 2018. A secretária estadual da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, observa que a renovação da exposição reforça o compromisso do MON em oferecer ao público uma experiência cultural ampla e diversificada.
“Essa mostra nos convida a refletir sobre a impermanência, a transformação, e pela primeira vez desde a chegada da coleção asiática ao acervo do MON, haverá uma integração entre o passado e a contemporaneidade, que deve instigar muito o público”, afirma.
“A chegada da coleção asiática ao MON, anos atrás, elevou o MON ao patamar dos grandes museus internacionais”, comenta a diretora-presidente da instituição, Juliana Vosnika. A exposição, que apresenta um recorte desse acervo, doado pelo diplomata Fausto Godoy, já teve algumas reformulações e rendeu itinerâncias ao Interior do Paraná, alcançando milhares de pessoas.
Dessa vez, a intenção do MON é realizar um diálogo entre arte asiática clássica e artistas contemporâneos daquele continente. “A arte contemporânea busca nos mostrar que sempre pode haver beleza nas imperfeições e nos processos. Todos estamos em constante mutação, e a arte é um caminho para o equilíbrio móvel que é a vida”, afirma Juliana.
Como estar em harmonia com a impermanência é a proposta desta intervenção da mostra asiática. Entre outras novidades, o público encontrará experiências imersivas em tempo real, biblioteca de vídeos interativos, videoinstalação e um “Museu Virtual”, com 16 obras de 12 artistas asiáticos.
“A impermanência é um dos princípios fundamentais da filosofia budista. Isso significa que nada é imutável, tudo está em constante movimento”, diz a curadora. Portanto, precisamos nos adaptar às mudanças inevitáveis em nosso ambiente e, consequentemente, rever nossas certezas, nossos comportamentos e nossos hábitos. “Na Ásia, a impermanência é tão antiga quanto o tempo, e ainda é relevante hoje”, comenta Geraldine.
Exposição asiática no MON virtual
A intervenção contemporânea asiática também apresenta a exposição virtual “Como uma roda dentro de uma roda”, com curadoria de Martina Köppel-Yang, que reúne trabalhos que abordam a noção de mudança e impermanência.
Os trabalhos apresentados abordam esse assunto de diferentes ângulos e em diferentes mídias: escultura, fotografia, vídeo e pintura. O aspecto da agência é mais predominante nas obras de Adel Abdessemed, Chen Zhen, Shen Yuan, Tian Dexi e Zheng Guogu Já nas obras de An Xiaotong, Chen Shaoxiong, Jia Aili, Jin Jiangbo, Wang Du, Wang Qingsong e Yang Jiechang abordam outras facetas, como a memória, a perda e visões de harmonia e beleza.
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Nessa mostra, os artistas representados são: Adel Abdessemed, An Xiaotong, Chen Zhen, Chen Shaoxiong, Jia Aili, Jin Jiangbo, Shen Yuan, Tian Dexi, Wang Du, Wang Qingsong, Yang Jiechang e Zheng Guogu.
Biblioteca
Já a biblioteca interativa reúne os vídeos: “Jiang Nan Poem” (2005), de Qiu Anxiong, que combina os visuais tradicionais da China de galhos de árvores, pássaros e espaço, usando mudanças sutis entre elementos estáticos e dinâmicos para criar uma relação temporal e espacial.
“Post Pause” (2004), de Jiang Zhi, apresenta uma narrativa poética e onírica ambientada em uma manhã tranquila de Shenzhen, misturando a vida urbana cotidiana com a interseção de poética e de sociologia do artista.
“Joss” (2013), de Cheng Ran, com comentários crítico-sociais sobre a globalização cultural chinesa com um cinema crítico estilizado.
“Speech” (2005), de Li Songhua, apresenta um jovem chinês que lê um discurso sobre o glorioso futuro econômico da China. E, por último, o vídeo “Wing and Water – Zheng Guogu” é estrelado pelo artista contemporâneo chinês Zheng Guogu e dirigido por Felicitas Yang.
E ainda a Coleção DSL, com “Phantom Landscape” (2009), trabalho cinematográfico animado de Yang Yongliang, que mistura crescimento urbano com vida moderna e tradições culturais estagnadas.
*Com AEN
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