Curitibana Claudia Lara leva arte visual para o interior do estado

A artista visual curitibana Claudia Lara apresenta a mostra solo “Distância Mínima”, com abertura no dia 10 de abriel na Casa da Praça, em Castro, a região Central do Paraná. Com curadoria de Cássia Pérez, a exposição revela uma imersão poética pelo universo dos materiais têxteis, como lãs, tecidos e feltragem.

Trazendo para o circuito da arte contemporânea a intenção de resgate de memórias, a exposição será, segundo a artista, “uma oportunidade de estabelecer atravessamentos e costuras entre histórias individuais e coletivas, possibilitando que o público tenha uma experiência de imersão com a pesquisa e produção artística”.

Com mais de três décadas de carreira, a artista apresenta obras que mostram um panorama de sua produção. O título, “Distância Mínima”, alude à proximidade que o fazer manual e a criação têxtil possuem tanto do cotidiano de socialização quanto da poética da artista.

Ela reconfigura elementos presentes no dia a dia, trazendo o bordado e outros artifícios têxteis para a discussão acerca de raça, feminino e a relação desses materiais na junção da arte com a cultura cotidiana. A complexidade das formas, a riqueza de sobreposições e a fluidez são elementos que tornam a produção única enquanto proposta artística e prerrogativa criativa.

Estarão presentes na exposição objetos que mesclam rendados, bordados e instalações de distintas séries que acompanharam a trajetória da artista. Alguns já expostos em importantes instituições, como o Instituto Internacional Juarez Machado, SESC-SP, MAC-PR, PUC-PR, Farol Santander Porto Alegre, entre outros.

Para Ronie Cardoso Filho, secretário municipal de Cultura, Indústria, Comércio e Turismo, a exposição é mais uma oportunidade para a comunidade de Castro ter contato com a arte de forma gratuita. “Nossos espaços culturais vêm tendo e continuarão tendo exposições mensais abertas para que as pessoas possam dialogar com diferentes estilos de arte e expressões culturais”, comenta.

A exposição fica aberta até dia 25 de maio e a entrada é de graça, de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas. Aos sábados, domingos e feriados o local abre das 9 às 13 horas. A Casa da Praça fica em frente à Igreja Matriz.

Sobre a artista

Claudia Lara (Curitiba, 1964) é licenciada em Educação Artística pela Faculdade de Educação Musical do Paraná e pós-graduada em História da Arte Moderna e Contemporânea pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (2006). Participou de exposições no Brasil, América Latina, Europa e Estados Unidos. Possui premiações em salões da Secretaria de Estado e Cultura do Paraná. Possui obras nos acervos do Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Museu Casa Alfredo Andersen/PR, Museu da UFPR/MUSA e SESC Brasil. Sobre a sua poética, a curadora Cássia Pérez analisa: “A artista reconfigura simbologias e elementos presentes no nosso dia a dia, trazendo o bordado e outros artifícios têxteis para a discussão acerca de raça, feminino e a relação desses materiais na junção da arte com a cultura cotidiana. A complexidade das formas, a riqueza de sobreposições e a fluidez são elementos que tornam a produção de Claudia Lara única.” Atualmente vive e trabalha em Curitiba, Paraná.

Sobre a curadora

Cássia Pérez é curadora e pesquisadora, doutoranda em Estética e História da Arte na USP. Vive e trabalha em São Paulo, com experiência em galerias de arte, museus e espaços independentes. Realizou curadorias em instituições como o Museu de Arte Moderna de São Paulo (Greve Geral, 2016), o Museu de Arte de Blumenau (Rios Voadores, 2022) e o Instituto Internacional Juarez Machado (Sobre as coisas que não entendemos bem, 2022). Em espaços independentes, desenvolveu projetos como Todos os caminhos levam ao centro (Gruta, 2023) e Se nada é possível, tudo é possível (Galeria Warm, 2015). Entre suas curadorias recentes estão Rios Voadores – Diálogos (Museu Guido Viaro, 2023), Entre o Visível e o Invisível (Fundação Indaialense de Cultura,2023) e Distância Mínima (Galeria Diáspora, 2024). Também realizou acompanhamento crítico da residência Cachorro Louco (Kuntsgallerie Ervin C. Teichmann, 2023). Sua pesquisa investiga relações entre arte, território e política.

*Com Assessoria

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