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Moro no palanque de Caiado, abandona Bolsonaro
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Moro no palanque de Caiado, abandona Bolsonaro

Ao mesmo tempo em que pede voto para Caiado, Moro esquece que 70% dos paranaenses querem Ratinho Junior na Presidência da República.

Pedro Ribeiro - segunda-feira, 7 de abril de 2025 - 09:56

Enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começa a derreter politicamente, após denúncias de golpe de estado, como mostra pesquisa Datafolha onde é rejeitado como candidato em 2026 por quase 70%, o senador paranaense, Sergio Moro sobe no palanque de Ronaldo Caiado para a Presidência da República dando, literalmente, as costas para Bolsonaro e ao povo paranaense que gostaria de ver Ratinho Junior (PSD) no Palácio do Planalto.

Ao mesmo tempo, Bolsonaro, Ratinho Junior e outros governadores de extrema-direita participaram de um ato na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (6). A pauta tinha como mote um pedido de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, além de promover uma improvável candidatura bolsonarista, já que Bolsonaro permanece inelegível.

Do alto do palanque, os políticos que à época do quebra-quebra em Brasília, em 2023, se diziam chocados e se diziam solidários ao estado democrático de direito, partiram ao ataque contra a “ditadura da toga”, garantindo que não houve tentativa de golpe. Bolsonaro foi bizarro quando disse (lendo) algumas palavras em inglês que diziam sorveteiro, pipoqueiro… se referindo às pessoas que, supostamente, queriam dar golpe de estado.

Salve o pipoqueiro General Heleno!

Além de Ratinho Junior, o senador paranaense Sergio Moro também subiu no palanque bolsonarista.

De acordo com o levantamento da pesquisa Datafolha, 67% acham que Bolsonaro deve desistir da tentativa de disputar no ano que vem, enquanto apenas 28% acreditam que o extremista deve continuar tentando concorrer. 5% não sabem ou não responderam.

Entre os eleitores que se declaram bolsonaristas radicais, 63% afirmam que Bolsonaro deve ser candidato e 36% acham que ele deve desistir. Quando questionados quem o político deve apoiar, em caso de desistência da candidatura, sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (23%), liderou.

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