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Câmara de Curitiba inicia o ano com polêmica sobre Moção de Apoio a Trump
Foto: Divulgação

Câmara de Curitiba inicia o ano com polêmica sobre Moção de Apoio a Trump

O episódio evidencia o embate entre pautas ideológicas e as necessidades concretas da cidade, trazendo à tona o questionamento: o que realmente deve ser prioridade no legislativo municipal?

Pedro Ribeiro - quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025 - 11:01

A Câmara Municipal de Curitiba começou o ano legislativo com um debate controverso. O vereador Eder Borges (PL) propôs e conseguiu a aprovação de uma moção de apoio parabenizando Donald Trump por sua vitória na eleição presidencial dos Estados Unidos.

A iniciativa gerou forte reação entre os parlamentares. A vereadora Vanda de Assis (PT) criticou a proposta, afirmando que não apoiaria um político que “comunga com nazistas” e sugerindo que o autor do requerimento deveria ter mais amor próprio. Ela questionou:

 “O que ganhamos aplaudindo um político que nos despreza? Ele vai mandar investimentos para a cidade? Melhorar o transporte público? Resolver o problema da moradia? Ou será que essa moção é apenas um exercício de bajulação colonial, fruto de uma síndrome de vira-lata institucionalizada?”

A vereadora Giorgia Prates – Mandata Preta (PT) reforçou a crítica, destacando que Trump já demonstrou desprezo pelo Brasil, pelos brasileiros e pela democracia.

Além das divergências ideológicas, muitos vereadores manifestaram indignação com a falta de prioridade da pauta. Camilla Gonda (PSB) apontou problemas urgentes em Curitiba, como os alagamentos causados pelas chuvas e as longas filas para exames no SUS, como colonoscopia e oftalmologia. Para ela, discutir a política dos EUA na Câmara é irrelevante diante das demandas locais.

Fotos: Diretoria de Comunicação Social/CMC

A vereadora Laís Leão foi ainda mais enfática:

“Isso é uma grandessíssima perda de tempo, que não tem nada a ver com Curitiba.”

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