
Trânsito de Curitiba é o terceiro pior do país entre as capitais, aponta pesquisa
A cidade só fica atrás de São Paulo e Recife
Quem depende do trânsito de Curitiba perde, em média, 107 horas ou mais de quatro dias por ano em congestionamentos nos horários de pico. A cidade é a terceira capital brasileira com o trânsito mais complicado, ficando atrás apenas de São Paulo e Recife, onde os moradores gastam 111 e 108 horas, respectivamente.
Os dados são da 14ª edição do ‘TomTom Traffic Index’, que avalia o tráfego em cidades ao redor do mundo.
A pesquisa também posiciona a capital paranaense em segundo lugar no tempo médio de deslocamento por 10 km, com 28 minutos. Fortaleza lidera o ranking, com média de 29 minutos.
O levantamento considera que entre os fatores para os congestionamentos no trânsito de Curitiba está o elevado número de acidentes. Dados do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) mostram que a capital registrou mais de 15 mil ocorrências desse tipo apenas no primeiro semestre de 2024.
Outro elemento relevante é o número de veículos em circulação. A pesquisa ‘TomTom Traffic Index’ avaliou que, em 2023, Curitiba e região metropolitana já contabilizavam mais de dois milhões de automóveis registrados, conforme levantamento da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran).
A 14ª edição do TomTom Traffic Index coletou dados em mais de 500 cidades de 62 países.
Dentre as consequências de enfrentar o trânsito congestionado diariamente, destacam-se:
- acúmulo de estresse;
- exaustão mental;
- agravamento de condições preexistentes de saúde mental ou o surgimento de novas aflições emocionais;
- a possibilidade de vivenciar situações de violência, seja física ou verbal;
Segundo um levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), realizado a pedido da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), fatores relacionados à saúde mental dos condutores foram responsáveis por aproximadamente 30% dos sinistros nas rodovias federais brasileiras em 2024.
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Transporte alternativo
Para Gilberto Rosa, gerente do V1 Viagem, serviço de transporte de colaboradores para empresas, corporações e fábricas, uma das formas de aliviar o trânsito nas grandes cidades e melhorar a mobilidade urbana – além do uso do transporte público – é a adoção de alternativas de transporte pela iniciativa privada.
“Muitas empresas, especialmente fábricas em regiões metropolitanas, têm optado pelo transporte coletivo privado. Essa escolha contribui para um tráfego mais fluido, pois reduz a necessidade de deslocamento individual dos funcionários, diminuindo o número de veículos nas ruas. Para a empresa, os benefícios podem incluir economia nos custos de transporte, maior pontualidade dos colaboradores e até mesmo maior produtividade, já que o deslocamento se torna mais leve para o funcionário. Se mais organizações adotassem essa prática, a qualidade de vida urbana e, principalmente, a rotina dos trabalhadores seriam melhores”, pontua.
Além das vantagens relacionadas ao tempo de deslocamento, o especialista enfatiza que o transporte privado também impacta positivamente o desempenho dos colaboradores. “Ao evitar a fadiga mental causada pelo estresse do trânsito, os funcionários ficam menos sujeitos a irritabilidade, insônia, depressão e sensações de raiva e frustração. Esses fatores, quando não mitigados, podem desencadear comportamentos que afetam negativamente a produtividade no trabalho”, explica.
Com Assessoria
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