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Abordagem violenta da Guarda Municipal coloca população em risco no centro de Curitiba

Abordagem violenta da Guarda Municipal coloca população em risco no centro de Curitiba

“O ‘suspeito’ que eles queriam abordar estava passando na minha frente. Se ele reagisse, eu não estaria aqui agora”, desabafou Kraw, ainda abalado pela truculência e falta de responsabilidade demonstradas pelos agentes.

Pedro Ribeiro - terça-feira, 21 de janeiro de 2025 - 15:18


“Arma de fogo não pode ser usada se a pessoa estiver desarmada (exceto em caso de risco ao profissional).” Essa diretriz, defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da segurança pública, parece não ser seguida pela Guarda Municipal de Curitiba.

Nesta terça-feira, em plena luz do dia, a movimentada Praça Tiradentes, no centro de Curitiba, foi palco de um episódio alarmante. O repórter fotográfico Kraw Penas vivenciou momentos de pânico ao ter armas apontadas em sua direção por três guardas municipais. A ação ocorreu durante a tentativa de abordagem de um suspeito que estava próximo ao jornalista.

“O ‘suspeito’ que eles queriam abordar estava passando na minha frente. Se ele reagisse, eu não estaria aqui agora”, desabafou Kraw, ainda abalado pela truculência e falta de responsabilidade demonstradas pelos agentes.

A abordagem não levou em conta o perigo iminente para os transeuntes e para as famílias que circulavam pela praça e suas imediações. Segundo Penas, “se houvesse disparos, certamente mais pessoas seriam atingidas, inclusive no tubo de ônibus de onde eu estava descendo.”

Esse episódio evidencia a escalada da violência nas abordagens policiais e a urgência de uma revisão nos protocolos da Guarda Municipal, que, ao agir de forma irresponsável, coloca em risco a vida de inocentes.

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